|
78
- Papa Francisco envia mensagem ao
13º Intereclesial das CEBs,
que acontece em Juazeiro (CE) |
|
Pela
primeira vez em sua história, um Intereclesial
das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) recebe uma
mensagem de um papa. No dia 17 de dezembro, o papa Francisco
enviou uma carta aos participantes do 13º Intereclesial
das CEBs, que tem início hoje à noite,
em Juazeiro do Norte, diocese de Crato (CE), e prosseguirá
até o dia 11 de janeiro. |
O
encontro, que deve reunir cerca de quatro mil pessoas
de todo o Brasil e de outros países, aborda o
tema “Justiça e Profecia a serviço
da vida” e o lema “CEBs: romeiros do Reino
no campo e na cidade”.
Na mensagem, o papa afirma que as CEBs “trazem
um novo ardor evangelizador e uma capacidade de diálogo
com o mundo que renovam a Igreja” e assegura suas
orações para que o Intereclesial seja
um encontro abençoado.
Sobre o lema do evento, o papa disse que deve ser como
uma chamada para que as CEBS assumam cada vez mais seu
papel na missão evangelizadora da Igreja. “Todos
devemos ser romeiros, no campo e na cidade, levando
a alegria do Evangelho a cada homem e a cada mulher”,
acrescenta Francisco.
O Intereclesial é um momento de encontro das
comunidades. É um espaço para troca de
experiências, celebrações e avaliação
da caminhada da CEBs no Brasil.
Mensagem
do Papa Francisco ao
13º Intereclesial das CEBs
Queridos
irmãos e irmãs,
É com muita alegria que dirijo esta mensagem
a todos os participantes no 13º Encontro Intereclesial
das Comunidades Eclesiais de Base, que tem lugar entre
os dias 7 e 11 de janeiro de 2014, na cidade de Juazeiro
do Norte, no Ceará, sob o tema “Justiça
e Profecia a Serviço da Vida”.
Primeiramente, quero lhes assegurar as minhas orações
para que este Encontro seja abençoado pelo
nosso Pai dos Céus, com as luzes do Espírito
Santo que lhes ajudem a viver com renovado ardor os
compromissos do Evangelho de Jesus no seio da sociedade
brasileira. De fato, o lema deste encontro “CEBs,
Romeiras do Reino, no Campo e na Cidade” deve
soar como uma chamada para que estas assumam sempre
mais o seu importantíssimo papel na missão
Evangelizadora da Igreja.
Como lembrava o Documento de Aparecida, as CEBs são
um instrumento que permite ao povo “chegar a
um conhecimento maior da Palavra de Deus, ao compromisso
social em nome do Evangelho, ao surgimento de novos
serviços leigos e à educação
da fé dos adultos” (n.178). E recentemente,
dirigindo-me a toda a Igreja, escrevia que as Comunidades
de Base “trazem um novo ardor evangelizador
e uma capacidade de diálogo com o mundo que
renovam a Igreja”, mas, para isso é preciso
que elas “não percam o contato com esta
realidade muito rica da paróquia local e que
se integrem de bom grado na pastoral orgânica
da Igreja particular” (Exort. Ap. Evangelii
gaudium, 29).
Queridos amigos, a evangelização é
um dever de toda a Igreja, de todo o povo de Deus:
todos devemos ser romeiros, no campo e na cidade,
levando a alegria do Evangelho a cada homem e a cada
mulher. Desejo do fundo do meu coração
que as palavras de São Paulo: “Ai de
mim se eu não pregar o Evangelho” (I
Co 9,16) possam ecoar no coração de
cada um de vocês!
Por isso, confiando os trabalhos e os participantes
do 13º Encontro Intereclesial das Comunidades
Eclesiais de Base à proteção
de Nossa Senhora Aparecida, convido a todos a vivê-lo
como um encontro de fé e de missão,
de discípulos missionários que caminham
com Jesus, anunciando e testemunhando com os pobres
a profecia dos “novos céus e da nova
terra”, ao conceder-lhes a minha Bênção
Apostólica.
Vaticano, 17 de dezembro de 2013.
|
77
- Oblatos em Missão em Porto Velho (RO) |
Jesus
Cristo iniciou a sua missão e a sua vida humana
em Belém. Nós (diác. Jude, Pe.
Roque e Diác. Moïse) iniciamos ano 2014
fazendo uma experiência missionária nos
municípios Monte Negro e Campo Novo (RO). Esta
bela experiência, que nós começamos
desde a nossa chegada dia 26 de dezembro em Porto Velho
(RO), terminará dia 29 de janeiro 2014.
|
|
Pedimos
as orações de vocês, amigos e amigas,
para que esta missão, que nós enche de
alegria, seja uma fonte de alegria para nós e
para todos os paroquianos da Paróquia São
José de Monte Negro (RO) onde somos acolhidos
na fé.
DEUS ABENÇOE CADA UM DE VOCÊS!
Moïse, Jude, Roque
DSB!
|
76
- A Congregação acolhe 7 noviços |
|
No
dia 08 de dezembro, as 8h30min, na Igreja Matriz de
Jaboticaba, foi celebrada a Missa de Ingresso no Noviciado
de 7 jovens; 6 deles são Haitianos(Abela MAKINGDY,
Fritz ANACRÉON, Jean-Junot CHERIME, Misler VERMINAL,
René GUERRIE e Ronald PONTIER) e 1 é Ecuatoriano
(Welington SÁNCHES). A Missa foi presidida pelo
Vice Provincial Pe. Leoclides Dalla Nora, osfs e concelebrada
pelo Pe. Ary Hartmann, osfs e Pe. Carlos Borba, osfs.
|
Também
estavam presentes alguns escolásticos, o Diácono
Jude Jean, osfs e o Ir. Diego Bravo, osfs.
A acolhida da comunidade de Jaboticaba aos novos noviços
ficou simbolizada pelo grande número de pessoas
que se fizeram presentes. Durante a homilia o Pe. Leoclides
definiu o noviciado, usando as palavras de Pe. Brisson,
como sendo a “casa da vontade de Deus” e
o lugar onde “Deus vai moldando o coração...”.
|
|
|
Depois do Rito de Acolhida dos noviços foi então
entregue nas mãos de Pe. Carlos Borba, osfs,
a responsabilidade de conduzir os noviços no
caminho da Vida Consagrada Religiosa e Oblata. Pe. Leoclides
também destacou que a missão do mestre
dos noviços é um dos serviços de
grande responsabilidade na Congregação
pois a ele cabe a missão de formar os futuros
Oblatos de São Francisco de Sales. |
É
preciso formar verdadeiros Oblatos e não Oblatos
pela metade, afirmou ele.
Ao meio dia aconteceu, na Casa do Noviciado, um almoço
de acolhida e confraternização aos noviços,
feita pelos Oblatos que se fizeram presentes, vindos
de outras comunidades da região e de alguns leigos
da Paróquia.
|
|
|
Por
fim, a comunidade rezou pelos novos noviços e
se comprometeu de continuar rezando durante todo o ano
de noviciado. Ao mesmo tempo foi pedido dos noviços
que também rezem por todas as famílias
e comunidades da Paróquia de Jaboticaba.
|
Osvaldo
Coggiola
1. A determinante principal da conjuntura econômica
e política brasileira é a crise capitalista
mundial. Os índices apresentados pelos diversos
governos para justificar uma suposta saída da
crise não resistem à análise. O
crescimento do PIB nos EUA e na Europa (assim como no
Brasil) se situa, para este ano, na casa de 2%, depois
de um retrocesso maior nos anos posteriores a 2008.
O débito público, incrementado geometricamente
em função da injeção de
dinheiro público para salvar o capital falido,
não está nem um pouco superado, ao contrário:
as dívidas, incrementadas, estão situadas
na casa dos 220% (Japão) ou dos 150% do PIB,
em vários países europeus e nos EUA. Este
país foi novamente salvo pelo gongo de entrar
em default declarado por um acordo suprapartidário
(extra-parlamentar), em que a direita republicana obteve
concessões extraordinárias em matéria
de corte dos gastos públicos (saúde e
educação). Os lucros dos super ricos e
os gastos armamentistas foram, ao contrário,
mantidos. As contas das grandes instituições
financeiras privadas continuam no vermelho, quando levada
em conta a carteira dos chamados "créditos
podres”. Ou seja, estamos diante de uma recuperação
limitada que não resolve os problemas estruturais
que precipitaram a economia mundial no limiar do abismo
no último quinquênio.
2. Como em toda crise, está acontecendo uma super-monopolização
do capital em todas as áreas econômicas:
comercial, financeira (com grandes fusões bancárias)
e também industrial (com a criação,
por exemplo, da maior companhia aérea com a fusão
entre American Airlines e US Airways). O grande capital
tenta sair da crise provocando uma queda histórica
do valor da força de trabalho, com a massiva
destruição de direitos, precarização
dos empregos, demissão de funcionários
públicos e cortes salariais. O desemprego continua
enorme, com taxas que beiram 60% da população
abaixo dos 25 anos, em vários países europeus
(Grécia, Itália, Espanha). Nos países
mais atingidos pela crise, as mobilizações
de todo tipo continuam presentes, com paralisações,
manifestações de rua, ocupações
de prédios e locais de trabalho. Na Espanha,
o separatismo regional ameaça até a unidade
do Estado Espanhol. As manifestações contra
os ajustes econômicos e a retirada de direitos
trabalhistas e sociais se ampliam, porém sem
uma alternativa política de classe.
3. O grande capital internacional pressiona também
em favor da abertura da economia chinesa (especialmente
seu setor financeiro, estatal), posta diante dos problemas
causados pela desaceleração econômica.
O governo do PC Chinês realizou novas concessões
estratégicas ao setor privado. Na América
Latina, Cuba segue um rumo semelhante ao da China, em
escala muito menor, e condicionada pelo embargo comercial
e o cerco imperialista. No entanto, as possibilidades
do grande capital para impor uma saída à
crise em seus próprios termos estão condicionadas,
de um lado, pelos conflitos internos ao imperialismo,
agravados pela revelação da espionagem
mundial comandada pela NSA (Agência de Segurança)
dos EUA, que afeta inclusive seus mais estreitos aliados
políticos. Por outro lado, persiste a resistência
e a mobilização de massas, nas mais diversas
áreas do planeta. O imperialismo ianque busca,
sobretudo, recuperar a iniciativa política no
Oriente Médio, chave geopolítica mundial.
A crise no Egito, em que uma gigantesca mobilização
popular foi politicamente expropriada por um golpe militar,
tende a escapar ao controle dos EUA (que cortou sua
assistência militar a esse país, só
conseguindo que o Egito refizesse um acordo militar
com a Rússia, reeditando os antigos acordos com
a URSS, dos tempos da guerra fria). Os EUA não
conseguiram tampouco impor o retrocesso nuclear desejado
ao Irã, contrariando as exigências de Israel,
país que avança sobre os territórios
e a população palestina de modo tão
brutal ao ponto de provocar o distanciamento dos próprios
EUA, seu aliado e escudo internacional. A iniciativa
de uma intervenção militar imperialista
na Síria foi adiada pelas divergências
entre os "aliados ocidentais” e dentro da
própria administração norte-americana.
O declínio da "primavera árabe”
não deu lugar a uma nova estabilidade política
no Oriente Médio, e menos ainda a uma nova ordem
regional nos termos exigidos pelo imperialismo.
4.
Na América Latina, as crises políticas
crescem em intensidade, e condicionam os processos em
curso. No México, o governo de Peña Nieto
já enfrenta importantes mobilizações.
Na Venezuela, não se encerrou a crise deflagrada
pela morte de Hugo Chávez, em um contexto de
inflação de 54% anual e desabastecimento
provocado pelo capital que lembra aquele que precedeu
o golpe chileno de 1973. O "processo de paz”
na Colômbia legitima os ataques e a expropriação
da população camponesa das últimas
décadas, mas abre um espaço para a atuação
de um combativo e perseguido movimento sindical. No
Chile, o processo eleitoral foi diretamente influído
pelas grandes mobilizações estudantis
dos últimos anos, ao ponto de alguns de seus
dirigentes terem se transformado nos principais cabos
eleitorais do país. Num contexto de abstenção
próximo de 50%, Michelle Bachelet e sua coalizão,
na qual foi reincorporado o PC chileno, fracassou em
ser eleita no primeiro turno. Na Argentina, a crise
do débito e do déficit externo e a entrega
do petróleo provocaram a deterioração
do governo de Cristina Kirchner, que passou de um índice
de 54% na eleição presidencial para menos
de 30% nas recentes eleições legislativas,
onde a grande vitoriosa foi a "frente de esquerda
dos trabalhadores”, articulação
política classista que conquistou uma importante
bancada parlamentar, demonstrando que a crise do nacional-populismo
não necessariamente beneficia à direita
neoliberal, como pretendem fazer crer os agentes da
conciliação de classes no movimento operário
e popular. Além disso, estes ocultam que o nacionalismo
burguês ou pequeno-burguês conclui como
correia de transmissão da pressão imperialista,
como se evidencia no caso argentino.
5. No Brasil, a explosão social de junho de 2013
não foi um raio em céu de brigadeiro.
Desde o início da década de 2010, houve
o aumento do número de mobilizações
e greves por todo o país. Em 2011, vinte estados
brasileiros tiveram greves nas redes de ensino municipais
e estaduais. Os levantamentos do DIEESE apontaram que
em 2012 se registrou um recorde no número de
greves, semelhante aos picos da década de 1980.
Em que pesem as violentas ações da polícia
e as distorções da imprensa a luta dos
trabalhadores da educação ganhou alcance
nacional. A violência da ação governamental
foi enfrentada por meio da resistência e da solidariedade
dos trabalhadores do país. Vale ressaltar a participação
ativa do movimento estudantil na intensificação
dessas mobilizações. Na educação
superior, houve significativo movimento grevista em
diversas instituições estaduais de ensino,
além da grande greve das universidades federais
de 2012, de mais de 100 dias, em que os professores
das instituições federais de ensino se
enfrentaram com a política do governo federal.
As lutas de junho-julho de 2013foram pavimentadas por
todas as lutas precedentes contra as políticas
governamentais de ataque aos direitos e conquistas trabalhistas,
com destaque para as lutas do setor púbico.
6. Com o movimento de luta desenvolvido a partir de
meados de 2013, o Brasil voltou ao centro do cenário
político latino-americano (e a da atenção
pública mundial). As mobilizações
entraram em choque com a polícia militar e transformaram
o centro das principais cidades em praça de guerra.
A reivindicação imediata do movimento
foi a revogação do aumento das tarifas
de ônibus. O movimento se espalhou rapidamente
pelo país enfrentando a polícia e a tropa
de choque que reprimiu os manifestantes com cassetetes,
bombas de gás lacrimogênio, balas de borracha
e a detenção dos ativistas. Durante as
primeiras manifestações, Dilma Rousseff
ofereceu o apoio da "Força Nacional”
a governadores e prefeitos em dificuldades, evidenciando
a tendência para a constituição
de um Estado policial. Nessa linha, o governo justificou
os gastos faraônicos nos megaeventos com o argumento
de que o principal saldo da Copa das Confederações,
da Copa 2014 e da Olimpíada 2016 será
a institucionalização dos "novos
esquemas de segurança”. Mas o Brasil se
pôs em pé de luta, os jornais do mundo
inteiro se fizeram eco. Para a grande imprensa, até
13 de junho tínhamos "vândalos”
nas ruas; a partir de 17 de junho, a data da virada,
tivemos "manifestantes”. Milhões de
pessoas ocuparam as ruas em mais de 600 cidades, sem
coordenação prévia. Diante do recuo
das autoridades em relação ao "tarifaço”
urbano, os comentaristas burgueses de plantão
se manifestaram "surpresos” e até
"atordoados” com o crescimento, geométrico
e nacional, da mobilização. A luta da
juventude iniciou uma nova fase política, começada
pela rejeição ao aumento das tarifas do
transporte urbano, que se transformou numa mobilização
de massas contra todo o regime político.
7. Na segunda quinzena de junho, a revolta das ruas
ensejou uma agenda muito mais ampla que a inicial: pela
defesa da juventude combativa, pelo direito democrático
a manifestar na rua, pela defesa do serviço público
(educação, saúde, previdência
e previsão social), contra o Estado corrupto
e repressivo. O governo (PT e "aliados”)
ficou em estado catatônico por duas semanas. O
aumento das tarifas de transporte foi o estopim de uma
situação social degradada (em muitos aspectos,
piorada) nos últimos anos. Dez dias depois do
início das manifestações, os jornais
avaliavam uma média de 230 mil manifestantes
em doze capitais. A 20 de junho, os manifestantes já
se contavam na casa do "mais de milhão”,
com um milhão só no Rio de Janeiro. As
cifras dos jornais estavam subestimadas. As redes sociais,
apresentadas como fator chave da generalização
da mobilização, são certamente
um meio para acelerar e ampliar a difusão de
ideias e propostas, sob a condição de
que elas (as ideias e as propostas) existam previamente.
Para proteger a situação de exploração
e espoliação da população
foi acionado um aparelho policial/militar herdado da
ditadura militar, preservado e aperfeiçoado pelos
governos civis desde a transição dita
democrática. Manifestações como
as de junho passado ficam sujeitas à classificação
de ato de terrorismo, na definição desse
crime proposta na comissão especial do Congresso
que prioriza a legislação da segurança
em vista dos eventos no Brasil. O enorme aparato repressivo
brasileiro incrementou-se e se sofisticou como nunca,
em função dos "grandes eventos”
(Copa do Mundo e Olimpíadas) pela ação
do governo petista.
8. O arsenal "antiterrorista” é a
continuidade da política pela qual os governos
(tucanos e petistas) fizeram do país uma plataforma
privilegiada de valorização fictícia
do capital financeiro e industrial, com juros (remuneração
do capital financeiro) e isenções fiscais
elevados, com privatizações em sequência
sem fim; para isso se atacou em regra o patrimônio
e o serviço público (transporte, saúde,
educação, etc.), em nome da "flexibilidade”,
da "eficiência” e de outros fetiches.
O resultado foi uma dívida (interna e externa)
monstruosa, aumento de tarifas, e até tarifas
onde antes não existiam. Encobriu-se tudo com
incentivos ao consumo e bolsas focalizadas, com o resultado
de um endividamento médio recorde de 44% da renda
anual da população, que duplica quando
consideradas só as capitais. A miragem de "crescer
exportando” do discurso oficial se estrelou em
2012 contra o crescimento zero e queda da renda per
capita. A "recuperação” de
2013 foi deflacionada para 2% no PIB, renda per capita
negativa, com inflação de mais de 6% e
em aceleração, com um saldo comercial
pífio depois de alterar a estrutura produtiva
do país para transformá-lo em uma plataforma
exportadora. Para tapar o buraco: mais privatizações
(leilões do petróleo, gestão privada
dos hospitais públicos), eventos e megaeventos,
com sua sequela de desapropriações e leis
antiterroristas. A corrupção e a crise
econômica se cruzam no BNDES, o banco estatal
cuja carteira de créditos ao setor privado aumentou
de R$ 25,7 bilhões em 2001, para R$ 168,4 bilhões
em 2010, com uma taxa decrescente do investimento privado.
A maioria das empresas beneficiadas pelos créditos
oficiais registra prejuízos ou se encontraem
falência. Amais importante é a EBX, de
Elke Baptista, beneficiária de R$ 10,5 bilhões
em créditos do dinheiro público. Quase
três quartos do valor total de sua participação
direta nas empresas do EBX estavam em nome de fundos
localizados fora do país, controlados pelaEBX
International S/A, sediada no Panamá. A prática
é comum em empresas que buscam driblar a tributação.
Em 2012-2013, acotação dos papéis
da empresas do "capitalista do Lula e Dilma”
caiu 96,5%. Batista foi rebaixado do 7º para o
100º posto entre os bilionários. Seis meses
mais tarde foi simplesmente retirado do clube. As empresas
do "grupo X” do "empresário nacional”,
crescidas à sombra de concessões petroleiras
favorecidas pelo governo, foram vendidas a preço
de banana ao capital internacional. A degringolada joga
luz sobre a crise do capitalismo brasileiro. Para sobreviver,
o Estado capitalista brasileiro tem que se transformar
cada vez mais em agente da espoliação
do país pelo capital financeiro internacional.
9. A luta popular provocou a deterioração
política do governo. Em poucas semanas, o índice
de aprovação de Dilma Rousseff caiu de
quase 70% para 30%. A proposta de Assembléia
Constituinte para tratar da reforma política
foi rapidamente engavetada. O governo recuou e passou
a defender um plebiscito sobre uma proposta de reforma.
Na reunião de Dilma com as centrais sindicais,
o representante do Conlutas denunciou a proposta de
plebiscito como uma manobra de distração.
As propostas das centrais sindicais ao governo foram
simplesmente ignoradas. A resposta de Dilma Rousseff
à "voz das ruas” ficou reduzida a
nada. A promessa de consagrar 100% dos royalties do
petróleo pré-sal (esses royalties constituem
menos de 8% da renda petroleira, aos que se deve ainda
aplicar o IR, pois o 92% restante fica nas mãos
do capital privado) foi mutilada e postergada pelo Congresso.
A "reforma política” foi simplesmente
enterrada no Congresso Nacional. As bases institucionais
da corrupção política não
só estão mantidas, mas aprofundadas. Nem
se cogita anular a vergonhosa Lei de Anistia, que declarou
impunes para sempre a assassinos, torturadores y corruptos
comprovados do regime militar. Para não falar
da militarização das policias, que matam
impunemente e possuem foro judicial e tribunais próprios.
Posto diante de uma luta popular de envergadura, o Estado
brasileiro desnudou a sua condição de
aparelho classista de repressão dos trabalhadores,
a juventude e os pobres.
10. Depois de julho, os movimentos de rua continuam
ditando a política do país, apesar do
seu retrocesso. As sete centrais sindicais convocaram
a uma greve geral em 11 de julho, continuada com uma
nova paralisação realizada a 30 de agosto,
medidas isoladas, sem continuidade nem conteúdo
de classe, buscando salvar a cara dos pelegos da CUT
e outros. O movimento popular revigorado não
é ainda um movimento de classe. Os movimentos
dos sem teto passaram a organizar manifestações
e bloqueios de avenidas contra as péssimas condições
de moradia, saúde e transporte nos bairros pobres.
Ao mesmo tempo, se desenvolveu uma formidável
ofensiva repressiva nas favelas e bairros pobres, mediante
um gigantesco operativo de militarização
para evitar que os setores mais explorados se incorporassem
à luta. O assassinato do pedreiro Amarildo de
Souza ficou como símbolo da natureza repressiva
e criminal do Estado brasileiro. Nessas condições,
o governo federal, depois de um novo corte orçamentário
(10 bilhões de reais), que se somou aos 28 bilhões
já cortados no primeiro semestre de 2013, para
alcançar as metas de superávit primário
impostas pelo FMI (garantindo o pagamento em dia da
dívida pública), liberou seis bilhões
de reais em emendas parlamentares com o objetivo de
manter o apoio da "base aliada”. O superávit
primário de 2013, ainda assim, foi o mais baixo
pior desde 2001. À crescente fuga de capitais
se somou o déficit comercial, o primeiro em toda
a década petista. O boom exportador brasileiropertence
cada vez mais ao passado. O capital financeiro continua
ganhando, beneficiado pela elevação das
taxas de juros: Itaú Unibanco (maior banco privado)
lucrou 3,6 bilhões de reais no segundo semestre
de 2013, recorde histórico. O país afunda
ao compasso do parasitismo capitalista-financeiro.
11. O retrocesso econômico do país aprofunda
as perdas dos trabalhadores, acirra as desigualdades
sociais e expõe a face coercitiva do Estado na
preservação dos interesses da burguesia
brasileira associada ao capital financeiro internacional.
A elevação dos índices inflacionários
deixa os trabalhadores a mercê do mercado financeiro,
corroendo suas condições de vida e comprometendo
seu futuro. No recente processo de privatização
dos recursos naturais do petróleo, continuaram
os ataques violentos ao patrimônio público
e aos direitos dos trabalhadores, em favor dos interesses
do capital. Dessa forma tem ocorrido a privatização
da Infraero e dos portos. Contra os indígenas,
quilombolas e ribeirinhos, o governo tem se colocado
ao lado do agronegócio e dos empresários
das hidrelétricas. Forçou a privatização
dos hospitais universitários através da
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH)
– empresa pública de direito privado –
que retira do Estado a responsabilidade pela assistência
à saúde dos trabalhadores, fere a autonomia
universitária, compromete o público em
favor do privado. A atenção médica
universal pelo SUS, conquistada após grandes
lutas, se transformou numa casca vazia diante da falta
de recursos estatais para a saúde pública,
os mesmos recursos que sobram para pagar a dívida
com o grande capital privado, alimentar o aparelho repressivo
e financiar eventos e obras de infraestrutura que se
transformam em enormes negócios do grande capital.
Nessa seara está inscrito o projeto governamental
do Fundo de Pensão (FUNPRESP), uma operação
financeira que captura recursos dos trabalhadores e
os converte em capital aplicado em ações
de empresas e títulos públicos do Estado,
vendendo a esperança ilusória de uma aposentadoria
num futuro incerto. Os movimentos sociais e populares
continuam a luta contra essas reformas, mas são
constantemente criminalizados pelo governo e pelo Poder
Judiciário, numa ação articulada
com a grande mídia. Tem se assistido a criminalização
de lideranças sindicais, indígenas, quilombolas,
trabalhadores da educação e discentes.
O governo e seus aliados políticos constroem
outro instrumento legal, a lei anti-greve, para coibir
os movimentos dos trabalhadores, pretendendo criminalizar
e judicializar todo movimento de luta dos explorados
brasileiros.
12. A entrega ao capital internacional dos recursos
nacionais é a outra face dessa política.
A Petrobrás – antes conclamada símbolo
da soberania nacional – se associou às
multinacionais da Holanda, da França e da China
para explorar uma riqueza por meio dos trabalhadores
brasileiros e entregá-la ao capital. O leilão
do Campo de Libra foi vencido pelo lance mínimo
(15 bilhões de dólares) por um único
consórcio que envolveu Petrobrás, Shell
(GB/Hol), Total (Fr) e Cnpc e Cnooc (Chi), para uma
reserva estimada em 15 bilhões de barris. Em
que pese todo o discurso governamental, a ampliação
dos recursos para a educação e a saúde
por meio da exploração dos recursos naturais
é uma miragem e um estelionato: os minguados
royalties do Estado serão depositados num fundo,
cujos rendimentos, na melhor das hipóteses, não
chegarão a 1% do PIB no ano de2022, auma distância
sideral, portanto, da reivindicação de
10% do PIBjápara a educação. A
política em favor do grande capital imperialista
e da burguesia exportadora se articula com a política
repressiva, com assassinatos, por exemplo, de lideranças
indígenas no MS por latifundiários amigos
do governo, que investiu rios de dinheiro no agronegócio
e quase nada em reforma agrária. A Copa do Mundo
é responsável por reordenar as cidades
em benefício do capital, intensificando a militarização
e reativando a Lei de Segurança Nacional, instaurando
um estado policial no Brasil.
13. A crise política se aprofundou com a divisão
da chamada "base aliada”, pela saída
do PSB e a divisão do PDT. A multiplicação
de novas alianças políticas opositoras
na perspectiva eleitoral de 2014 traduz o aprofundamento
da crise de dominação política
da burguesia brasileira, confiada na última década
a uma aliança das antigas direções
sindicais "autênticas”, totalmente
burocratizadas e entregues à patronal, com uma
tecnocracia oriunda da antiga esquerda reformista, unidas
num PT "modernizado” (adaptado por completo
à burguesia) e aliado aos históricos parasitas
corruptos do orçamento estatal nucleados no PMDB
e outros da "base aliada”, que inclui a extrema
direita evangélica. Numa campanha eleitoral que
se joga em grande parte em função do sucesso
(inclusive futebolístico) da Copa 2014, não
aparecem alternativas independentes dos trabalhadores.
O julgamento do mensalão, que concluiu com a
condenação e prisão dealgunsdos
responsáveis pelo desvio de recursos públicos
para garantir (suborno mediante) a "governabilidade”
petista, se insere dentro dessa crise. A condenação
e prisão de uma dúzia de bodes expiatórios
busca "limpar a cara” da corrupção
estatal (que não se limita à corrupção
parlamentar) poupando os grandes corruptos históricos
e os principais corruptos políticos: Lula, Renan,
Collor, Sarney, Jader Barbalho, ou Fernando Henrique
pela compra dos votos a favor da sua reeleição
ou pelo dinheiro que sumiu da privatização
da telefonia, os chefões do PSDB pelo dinheiro
e sobre-faturamento das obras do metrô e dos trens,
etc. Casos de corrupção que envolvem partidos
de oposição burguesa caminham para a prescrição.
A condenação dos réus do mensalão
não se equivale ao ataque contra a esquerda que
luta e vem sendo sistematicamente perseguida, inclusive
pelo governo federal encabeçado pelo partido
desses réus. A crise do mensalão é
a expressão da crise de dominação
política da burguesia no interior do PT e do
próprio coração do Estado. As tendências
para a inflação e a crise financeira,
que se manifestam na saída crescente de capitais
do Brasil, passaram a ser o principal combustível
de um novo turno de mobilizações populares.
As provas de fogo não ficaram atrás: são
as que vêm pela frente, e nelas está posta
a perspectiva de criar uma alternativa política
independente dos trabalhadores l.
|
74
- Nossos novos Diáconos |
|
A
Igreja e os Oblatos de São Francisco de Sales,
no dia 19 de outubro, apresentaram os Oblatos Jude Jean-Louis
e Moise Jean, ambos haitianos, para serem Ordenados
Diáconos. A celebração contou com
a presença de grande número de leigos(as),
religiosos e religiosas de diferentes e dos 125 participantes
do IIº Fórum da Espiritualidade Salesiana,
ocorrido na Paróquia Santa Isabel. |
A
Celebração foi presidida pelo novo Arcebispo
Dom Jaime Spengler da Arquidiose de P. Alegre e concelebrada
por outros Oblatos de diferentes comunidades da Província
Sul-americana e Caribenha.
A Congregação agradece a presença
e apoio que nossos jovens formandos recebem das diferentes
comunidades e de tantas pessoas amigas.
|
|
73
- IIº Fórum da Espiritualidade Salesiana |
“Rostos
que trazem mensagens expressas falando de paz!”
Com esta frase iniciou-se o 2º Fórum da
Espiritualidade Salesiana realizado nos dias 18,19 e
20 de outubro em Santa Isabel-Viamão no RS. |
|
Tratava-se
do encontro entre diversas congregações,
institutos e grupos de leigos que comungam da espiritualidade
do bispo de Genebra, São Francisco de Sales:
“Somos Família Salesiana, mulheres e homens
bebendo da fonte! Vivendo o amor, pois o Senhor nos
chama. Francisco de Sales aponta os horizontes”.
Na sexta-feira (18/10) todos os participantes foram
acolhidos com um jantar na Paróquia Santa Isabel
– Viamão. |
Depois
às 20h30min, reuniram-se no auditório
da escola Santa Isabel Seguiu-se com a mística
de introdução e abertura, depois foram
acolhidos os diferentes grupos presentes. Seguiu-se
com a abertura oficial feita pelo Provincial do Oblatos,
Pe. Alberto Benavides e a apresentação
dos organizadores: Geremias Zandoná – OSFS,
Esaquiel Dosso – OSFS, Paulo Tarcísio Odelli
– SDB, Leoclides Dalla Nora – OSFS Nildo
Moura de Melo – OSFS. |
|
|
Depois
foram expostas para diálogo as razões
do Fórum, a pauta, as expectativas, os interesses,
os encaminhamentos e a apresentação dos
palestrantes: Pe. Tarcízio Paulo Odelli –
SDB, Pe. Leoclides Dalla Nora - OSFS e Ir. Nildo Moura
de Melo - OSFS. Encerrou-se com a leitura de um texto
de Francisco sobre a perfeição e no qual
Francisco descrevia-se. |
No
Sábado (19) às 8h30 iniciou a segunda
sessão com a oração seguida da
exposição feita por Pe. Tarcízio
Paulo Odelli, SDB: Humanismo e traços Salesianos
(as Virtudes).
Na terceira sessão, iniciada às 13h30,
Pe. Leoclides Dalla Nora, OSFS apresentou “o Projeto
de vida de SFS e o Método Salesiano”.
|
|
|
Às
18h todos os participantes participaram da Missa de
ordenação diaconal dos Oblatos Jude Jean
Louis e Moïse Jean. Ela foi presidida por Dom Jaime
Spengler, novo arcebispo de Porto Alegre. No domingo
(20) a última sessão foi iniciada pela
oração conduzida pelas Salesianas de Dom
Bosco. Depois, Ir. Nildo Moura de Melo - OSFS apresentou
a temática “Francisco de Sales, homem de
seu tempo: luzes e caminhos para a vida cristã
de hoje”. |
Às
11h ocorreu a avaliação e os encaminhamentos
para o próximo Fórum. Logo após,
Pe. Orestes Fistarol (Inspetor Salesiano) presidiu a
Missa de encerramento que foi animada pelos Leigos Oblatos
de Palmeira das Missões. A última atividade
do Fórum foi o almoço festivo de encerramento.
O segundo Fórum da Espiritualidade Salesiana
foi um momento de graça! |
|
|
Renovamos
nossa fé, nossa compreensão do carisma
salesiano e saímos comprometidos com o jeito
salesiano de viver. A todos os participantes e colaboradores
agradecemos por esta comunhão tão fraterna.
Já deixamos nosso convite para o terceiro Fórum
(ainda sem data para realizar-se), pois há “diante
da gente uma nova história pra se compor e dentro
de nós ardendo um grande e forte amor”. |
72
- 5 años del Grupo Amigos de SFS |
|
El
pasado lunes 9 celebramos los 5 años del Grupo
Amigos de SFS. Participamos de la celebración
de la Eucaristía con la comunidad parroquial,
y luego tuvimos un compartir con los integrantes del
grupo. |
En la homilía todos pudimos compartir la riqueza
que significa formar parte de este grupo, y cómo
nos ha ayudado a profundizar nuestro seguimiento de
Jesús.
Les mando algunas fotos para que puedan ver.
Les mandamos un saludo y nuestra oración, todos
los que formamos parte de esta comunidad. |
|
71
- "Guerra chama guerra! A humanidade grita pela
paz" Papa convoca dia de oração e
jejum pela Síria |
|
O
Papa convidou este domingo os fiéis de todas
as Igrejas e religiões, as pessoas que não
crêem e todos os homens e mulheres de boa vontade
a praticarem o jejum e a oração no dia
7 de setembro, em favor da Síria. |
Visivelmente
preocupado, Francisco dedicou inteiramente seu encontro
de domingo à situação no país
médio-oriental, onde a guerra civil já
matou mais de 100 mil pessoas em três anos. Foi
a primeira vez que o Papa não fez alguma menção
à liturgia do dia antes de rezar a oração
mariana do Angelus no Vaticano. |
|
70
- Oblatos fazem experiência de JMJ 2013 fora do
RJ |
Muito
se fala sobre a Jornada Mundial da Juventude 2013 realizada
no Rio de Janeiro de 22 a 28 de julho. Mas ela não
aconteceu somente lá. A mensagem de Francisco e
o entusiasmo juvenil foram celebrados em vários
lugares, por diversos grupos. Também os Oblatos
investiram nestas jornadas locais. |
Foi
o caso de Irmão Nildo Moura de Melo (Viamão)
e Pe. Luciano Rossetto (pároco) que estiveram
na Paróquia N. Sra. Medianeira. Encontraram-se
com jovens de Jaboticaba, Boa Vista das Missões,
Lajeado do Bugre e Sagrada Família no RS.
Estes grupos, impelidos pelo calor da Jornada, reuniram-se
para sintonizarem-se com a JMJ2013, atendendo ao convite
de Cristo “vinde meus amigos”, bem como
o envio do Senhor “sejam missionários”.
Terça-feira (23/07) houve encontro com os jovens
de Boa Vista das Missões. Quarta- feira (24/07)
foi a vez de Lajeado do Bugre. Quinta- feira (25/07)
o grupo de Sagrada Família veio ao Seminário
Oblato em Jaboticaba, e passaram todo o dia na dinâmica
do JMJ2013. |
|
|
Sexta- feira (26/07) o grupo de Jaboticaba teve seu
encontro. No sábado (27/07) Lajeado do Bugre
novamente se encontrou para encaminhar os projetos do
grupo e celebrar a Missa com a comunidade. No domingo
(28/07) o grupo de Sagrada Família, juntamente
com a comunidade, teve uma partilha e formação
com Ir. Nildo. Sempre em sintonia com a transmissão
das programações da Jornada e os pronunciamentos
do Santo Padre, Papa Francisco, Ir. Nildo e Pe. Luciano
buscaram proporcionar um momento de sintonia com a Jornada
e aproveitar este momento de graça para toda
a Juventude e Igreja no Brasil e no mundo. |
Parabéns
aos jovens da Paróquia N. Sra. Medianeira por
não deixarem passar em branco este acontecimento
de suma importância pra a juventude católica!
“Cristo bota fé nos jovens!” (Papa
Francisco).
Para terminar, uma mensagem que os oblatos enviaram
aos jovens: “Nossa amizade com Cristo nos fez
tornar-nos amigos. Ele nos levou a nos encontrar. Agora,
nós os levamos com Ele, em nosso coração
e encontramos vocês no coração Dele.
A JMJ não passou em branco porque nossa fé
e nossa amizade matizaram os dias com os tons da alegria
e da fraternidade. JOVENS de Jaboticaba, Boa Vista das
Missões, Lajeado do Bugre e Sagrada Família
- RS, VALEU!” |
|
69
- Homilia na celebração funeral do
Pe. Miguel Moore, OSFS |
Paróquia
S. Pio X, Toledo, EUA – 22 de junho de 2013
Pe. Bill Auth, O.S.F.S.
Mais ou menos um ano atrás, o irmão e
cunhada do Padre Miguel, Jim e Mary Ann, tiveram que
sair por uma semana, e assim eu concordei em voar do
México à Florida… Miguel e eu nos
havíamos comunicado praticamente todos os dias
por Skype, e Miguel sabia que ele tinha câncer
no pâncreas em estagio 4... Era apenas uma questão
de tempo... Eu não sabia o que esperar... Cheguei
num momento crítico, difícil da luta do
Miguel contra o câncer. Ele tinha muita dor e
não estava certo se uma operação
nos pulmões, a qual ele havia sido submetido,
teria êxito ou não... Graças a Deus,
a cirurgia foi exitosa... Ele viveu outro ano e meio. |
Depois
de estar lá três ou quatro dias, Miguel
me fez sentar e disse: “Agora eu quero ficar sério…
Eu quero que você faça a pregação
no meu funeral”. “Miguel”, eu respondi,
“você tem certeza?” A última
vez que eu preguei com muitos Oblatos presentes, havia
um problema – alguns deles saíram... Alguns
escreveram ao Provincial e acho que até Aldino
recebeu uma palavra que “Auth” disse algo
que ele não deveria ter dito. “Você
tem certeza, Miguel?”, eu perguntei de novo. Miguel
sorriu para mim e disse: “Você vai pregar”.
Então ele me mostrou as leituras que ele havia
escolhido, o evangelho que há pouco proclamamos
(Lc 1,26-39). Eu o li diversas vezes... “Miguel”,
eu disse, “por que você escolheu este evangelho?
É tudo sobre Maria. O que devo dizer? È
funeral de você!” “Leia-o de novo”,
ele disse… E eu o fiz, e então eu soube
por que ele o havia escolhido.
Maria, simples, humilde Maria, havia dito “SIM”
a Deus… e então quase imediatamente ela
visitou sua prima Isabel… Essa é a mensagem
que Miguel quer nos dar… Isso foi o que Miguel
tem feito… Isso é o que todos nós
precisamos fazer… Essa foi à mensagem da
vida de Miguel… Dizer SIM e então logo
fazer algo prontamente para os pobres. Essa deve ser
também nossa mensagem...
Miguel disse SIM… Eu vou ser um cristão…
SIM, eu vou entrar nos Oblatos… SIM, eu vou ser
um padre… SIM, eu vou ir a Duffy (escola em Niágara
Falls)… SIM, eu vou ir ao Brasil, e então
SIM, eu vou ir à Índia para ajudar os
Oblatos a estabelecer lá uma fundação…
E então SIM, eu vou cuidar de minha mana Mary,
quando ele teve câncer… e então SIM,
de volta ao Brasil… (Se você já viajou
por aquela estrada de Salvador à Saúde…
Aquilo não era um SIM fácil. Eu disse:
nunca mais!), e Miguel fez isso centenas de vezes...
E então SIM, eu vou ser provincial... E então
SIM, eu vou ajudar a Província Sulamericana para
incluir mais seus membros equatorianos e colombianos,
e então SIM... Nós vamos aceitar os haitianos...
E então SIM para deixar tudo aquilo e aceitar
o câncer. E, finalmente, apenas alguns dias atrás,
SIM, à morte.
O SIM de Maria que proclamamos no Evangelho incluiu
todo tipo de lutas e dúvidas e dificuldades…
Mas ele completou sua obra… Ele o conseguiu…
Miguel odiava conflito… Ele fez de tudo para evitá-lo...
Ele sempre tentou fazer com que cada um se sentisse
confortável… Como mesmo nós nos
tornamos os melhores amigos, eu jamais saberei…
Eu me lembro que nós éramos padres jovens
na escola “North Catholic”... Nós
tínhamos que substituir padres mais velhos que
estavam doentes, ou jogando golfo para não sei
o que... Nós tínhamos que fazer isso talvez
uma vez por dia... Miguel tinha que fazer isso três
ou quatro vezes... Ele mantinha todos os bilhetes de
modo visível sobre sua escrivaninha, de modo
que cada um pudesse vê-los, mas ele nunca disse
uma palavra... Ele odiava conflito. Quando nós
fomos à escola Duffy, ele acabou entrando no
conflito... A direção, o bispo, as famílias,
os professores... Todos eles queriam algo diferente...
Ele encorajou a inclusão do Haiti na Província
e então veio o furacão... Quando ele retornou
à Saúde depois de seu tempo como Provincial,
o bispo, sem nenhum motivo, não lhe deu mais
faculdades de pároco. “Deus”, ele
costumava dizer, sempre de novo... “DEUS...DEUS...DEUS,
não o que eu quero, mas Tua vontade”. SIM.
Miguel continuou aquela caminhada para ajudar outros,
não importava o que acontecia...
Eu estava com Miguel alguns dias atrás, quando
ele recebeu a notícia da morte do Padre Tom Moore.
Um dia antes ele havia piorado, e ele sabia que o seu
tempo estava terminando... (olhando para o anel preto,
anel de tucum) No dia em que me despedi nenhum de nós
era capaz de falar... Miguel queria acompanhar-nos ao
aeroporto, mas ele sabia que não podia. Jimmy
(irmão do P. Miguel), com o bom conselho de sua
esposa Mary Ann, decidiu parar num restaurante, perto
do aeroporto... Ele colocou a mão no seu bolso
e deu-me este anel. “Miguel quer que você
tenha isso” (deu-me o anel).
Deixa-me concluir falando a vocês sobre este anel.
Este é o anel que pessoas de toda América
Latina usam quando eles se dedicam aos pobres. Miguel
usou este anel por 40 anos. Não é somente
um sinal de sua dedicação, mas é
um testemunho de sua vida.
Eu não sei o que vou fazer agora que ele está
morto… Vou sentir a falta do Miguel de modo inacreditável.
Eu sei que vou usar este anel. Mas eu sei que simplesmente
usando-o não é suficiente... Devo fazer
o que ele fez para ajudar os pobres… e nunca,
nunca esquecer os necessitados, onde quer que eles estejam
em nosso mundo…
Nosso bom Bispo de Roma… Francisco… disse,
no início de seu serviço à Igreja
que nós devemos ser uma Igreja dos pobres. Francisco
lembrou a todos nós que, a não ser que
nós estejamos preocupados com os pobres, nós
não somos nem cristãos. Não é
suficiente dizer SIM; temos que vive-lo...
Estamos reunidos para esta liturgia porque nós
cremos nisso… Cremos que o espírito de
Miguel continua conosco... Seu espírito jamais
vai morrer. Miguel completou seu SIM; agora chegou a
nossa vez!
|
68
- Padre HONORÉ EUGUR, osfs, celebra sua
1ª Missa em sua terra Natal |
Foi
no dia 02 de junho de 2013, às 6:30hs da manhã,
na cidade de Port de Paix – Haiti. A Igreja Matriz
Saint Louis Marie Grignon de Montfort, Paróquia
onde o novo padre nasceu e cresceu, estava lotada. A
missa foi participativa e bem cantada com a presença
de dois corais que o Padre Honoré acompanhou
desde sua fundação a 15 anos atrás.
Pe. Carlos Borba, osfs, representando o Provincial e
a equipe de formação, deixou sua mensagem
durante a homilia. A comunidade paroquial como também
sua família estava muito feliz em poder acolher
pessoas de vários lugares para esta celebração. |
|
|
Pe. Honoré é o terceiro Oblato de São
Francisco de Sales e o segundo sacerdote. A comunidade
dos Oblatos no Haiti marcou presença ajudando
na liturgia e outros serviços. Os Oblatos agradecem
também o esforço do Pároco Pe.
Ronald Janit , por deixar as portas abertas para os
Oblatos fazerem esta celebração. Continuamos
a rezar pela perseverança e fidelidade do nosso
novo sacerdote. |
67
- Benção Padre Honoré! |
Na
sexta-feira 17 de Maio a vida do jovem oblato haitiano
Honoré Eugur, osfs, mudou para sempre. Ele foi
Ordenado Sacerdote pelas mãos do Bispo Dom Antonio
Carlos Keller da Diocese de Frederico Westphalen.
A celebração aconteceu às 19:00h
na Igreja Santa Antonio de Palmeiras das Missões.
Muitos Oblatos estiveram presentes, também muitas
religiosas e grande número de leigos e leigas
vindos das diferentes comunidades paroquiais. |
|
|
Também
marcoupresença nesta celebração
de ordenação um irmão do novo sacerdote
Honoré.Já no Domingo dia 19 o Pe. Honoré
presidiu sua 1ª Missa na Festa da Comunidade Nossa
Senhora de Fátima no Bairro Operário em
Palmeiras das Missões.
Desejamos ao Pe. Honoré um Sacerdócio
totalmente enraizado no Evangelho e motivado cada dia
pela força afetuosa da Espiritualidade Salesiana.
Segue algumas fotos da Ordenação. |
66
- "Não tenhais medo da bondade e da ternura"
|
|
Queridos
irmãos e irmãs!
Agradeço ao Senhor por poder celebrar esta Santa
Missa de início do ministério petrino
na solenidade de São José, esposo da Virgem
Maria e patrono da Igreja universal: é uma coincidência
densa de significado e é também o onomástico
do meu venerado Predecessor: acompanhamo-lo com a oração,
cheia de estima e gratidão.
Saúdo, com afecto, os Irmãos Cardeais
e Bispos, os sacerdotes, os diáconos, os religiosos
e as religiosas e todos os fiéis leigos. |
Agradeço,
pela sua presença, aos Representantes das outras
Igrejas e Comunidades eclesiais, bem como aos representantes
da comunidade judaica e de outras comunidades religiosas.
Dirijo a minha cordial saudação aos Chefes
de Estado e de Governo, às Delegações
oficiais de tantos países do mundo e ao Corpo Diplomático. |
Ouvimos
ler, no Evangelho, que «José fez como lhe
ordenou o anjo do Senhor e recebeu sua esposa»
(Mt 1, 24). Nestas palavras, encerra-se já a
missão que Deus confia a José: ser custos,
guardião. Guardião de quem? De Maria e
de Jesus, mas é uma guarda que depois se alarga
à Igreja, como sublinhou o Beato João
Paulo II: «São José, assim como
cuidou com amor de Maria e se dedicou com empenho jubiloso
à educação de Jesus Cristo, assim
também guarda e protege o seu Corpo místico,
a Igreja, da qual a Virgem Santíssima é
figura e modelo» (Exort. ap. Redemptoris Custos,
1).Como realiza José esta guarda? Com discrição,
com humildade, no silêncio, mas com uma presença
constante e uma fidelidade total, mesmo quando não
consegue entender. |
|
|
Desde
o casamento com Maria até ao episódio
de Jesus, aos doze anos, no templo de Jerusalém,
acompanha com solicitude e amor cada momento. Permanece
ao lado de Maria, sua esposa, tanto nos momentos serenos
como nos momentos difíceis da vida, na ida a
Belém para o recenseamento e nas horas ansiosas
e felizes do parto; no momento dramático da fuga
para o Egipto e na busca preocupada do filho no templo;
e depois na vida quotidiana da casa de Nazaré,
na carpintaria onde ensinou o ofício a Jesus.
Como vive José a sua vocação de
guardião de Maria, de Jesus, da Igreja? Numa
constante atenção a Deus, aberto aos seus
sinais, disponível mais ao projecto d’Ele
que ao seu. |
E
isto mesmo é o que Deus pede a David, como ouvimos
na primeira Leitura: Deus não deseja uma casa
construída pelo homem, mas quer a fidelidade
à sua Palavra, ao seu desígnio; e é
o próprio Deus que constrói a casa, mas
de pedras vivas marcadas pelo seu Espírito. E
José é «guardião»,
porque sabe ouvir a Deus, deixa-se guiar pela sua vontade
e, por isso mesmo, se mostra ainda mais sensível
com as pessoas que lhe estão confiadas, sabe
ler com realismo os acontecimentos, está atento
àquilo que o rodeia, e toma as decisões
mais sensatas. Nele, queridos amigos, vemos como se
responde à vocação de Deus: com
disponibilidade e prontidão; mas vemos também
qual é o centro da vocação cristã:
Cristo. Guardemos Cristo na nossa vida, para guardar
os outros, para guardar a criação!
Entretanto a vocação de guardião
não diz respeito apenas a nós, cristãos,
mas tem uma dimensão antecedente, que é
simplesmente humana e diz respeito a todos: é
a de guardar a criação inteira, a beleza
da criação, como se diz no livro de Génesis
e nos mostrou São Francisco de Assis: é
ter respeito por toda a criatura de Deus e pelo ambiente
onde vivemos. É guardar as pessoas, cuidar carinhosamente
de todas elas e cada uma, especialmente das crianças,
dos idosos, daqueles que são mais frágeis
e que muitas vezes estão na periferia do nosso
coração. É cuidar uns dos outros
na família: os esposos guardam-se reciprocamente,
depois, como pais, cuidam dos filhos, e, com o passar
do tempo, os próprios filhos tornam-se guardiões
dos pais. É viver com sinceridade as amizades,
que são um mútuo guardar-se na intimidade,
no respeito e no bem. Fundamentalmente tudo está
confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade
que nos diz respeito a todos. Sede guardiões
dos dons de Deus!
E quando o homem falha nesta responsabilidade, quando
não cuidamos da criação e dos irmãos,
então encontra lugar a destruição
e o coração fica ressequido. Infelizmente,
em cada época da história, existem «Herodes»
que tramam desígnios de morte, destroem e deturpam
o rosto do homem e da mulher.
Queria pedir, por favor, a quantos ocupam cargos de
responsabilidade em âmbito económico, político
ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade:
sejamos «guardiões» da criação,
do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões
do outro, do ambiente; não deixemos que sinais
de destruição e morte acompanhem o caminho
deste nosso mundo! Mas, para «guardar»,
devemos também cuidar de nós mesmos. Lembremo-nos
de que o ódio, a inveja, o orgulho sujam a vida;
então guardar quer dizer vigiar sobre os nossos
sentimentos, o nosso coração, porque é
dele que saem as boas intenções e as más:
aquelas que edificam e as que destroem. Não devemos
ter medo de bondade, ou mesmo de ternura.A propósito,
deixai-me acrescentar mais uma observação:
cuidar, guardar requer bondade, requer ser praticado
com ternura. Nos Evangelhos, São José
aparece como um homem forte, corajoso, trabalhador,
mas, no seu íntimo, sobressai uma grande ternura,
que não é a virtude dos fracos, antes
pelo contrário denota fortaleza de ânimo
e capacidade de solicitude, de compaixão, de
verdadeira abertura ao outro, de amor. Não devemos
ter medo da bondade, da ternura!
Hoje, juntamente com a festa de São José,
celebramos o início do ministério do novo
Bispo de Roma, Sucessor de Pedro, que inclui também
um poder. É certo que Jesus Cristo deu um poder
a Pedro, mas de que poder se trata? À tríplice
pergunta de Jesus a Pedro sobre o amor, segue-se o tríplice
convite: apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas
ovelhas. Não esqueçamos jamais que o verdadeiro
poder é o serviço, e que o próprio
Papa, para exercer o poder, deve entrar sempre mais
naquele serviço que tem o seu vértice
luminoso na Cruz; deve olhar para o serviço humilde,
concreto, rico de fé, de São José
e, como ele, abrir os braços para guardar todo
o Povo de Deus e acolher, com afecto e ternura, a humanidade
inteira, especialmente os mais pobres, os mais fracos,
os mais pequeninos, aqueles que Mateus descreve no Juízo
final sobre a caridade: quem tem fome, sede, é
estrangeiro, está nu, doente, na prisão
(cf. Mt 25, 31-46). Apenas aqueles que servem com amor
capaz de proteger.
Na segunda Leitura, São Paulo fala de Abraão,
que acreditou «com uma esperança, para
além do que se podia esperar» (Rm 4, 18).
Com uma esperança, para além do que se
podia esperar! Também hoje, perante tantos pedaços
de céu cinzento, há necessidade de ver
a luz da esperança e de darmos nós mesmos
esperança. Guardar a criação, cada
homem e cada mulher, com um olhar de ternura e amor,
é abrir o horizonte da esperança, é
abrir um rasgo de luz no meio de tantas nuvens, é
levar o calor da esperança! E, para o crente,
para nós cristãos, como Abraão,
como São José, a esperança que
levamos tem o horizonte de Deus que nos foi aberto em
Cristo, está fundada sobre a rocha que é
Deus.
Guardar Jesus com Maria, guardar a criação
inteira, guardar toda a pessoa, especialmente a mais
pobre, guardarmo-nos a nós mesmos: eis um serviço
que o Bispo de Roma está chamado a cumprir, mas
para o qual todos nós estamos chamados, fazendo
resplandecer a estrela da esperança: Guardemos
com amor aquilo que Deus nos deu!Peço a intercessão
da Virgem Maria, de São José, de São
Pedro e São Paulo, de São Francisco, para
que o Espírito Santo acompanhe o meu ministério,
e, a todos vós, digo: rezai por mim! Amen. |
65
- Novos Oblatos - Primeira Profissão Religiosa |
|
Aconteceu
no dia 10 de Março, as 8h30min, na Igreja Matriz
Nossa Senhora Medianeira de Jaboticaba, RS, a Missa
Solene da Primeira Profissão Religiosa de 5 jovens
Oblatos haitianos. Foi numa manhã chuvosa, mas
com grande participação do povo, que os
paroquianos de Jaboticaba rezaram pela fidelidade e
perseverança destes jovens. A missa foi presidida
pelo Provincial Pe. Alberto Benavides Vergara, osfs
e concelebrada por 08 sacerdotes Oblatos. Pe. Alberto
destacou, em sua homilia, o missão da vida consagrada
hoje num mundo que tende a perder seus referenciais
e seus valores. |
Também
participaram outros religiosos e religiosas (dentre
eles estavam os 07 escolásticos de Viamão),
também as Consagradas do Instituto Secular São
Francisco de Sales do grupo de Palmeira das Missões
e um grupo de leigos(as) que vivem a mística
salesiana no seu dia a dia. A missa foi dinamizada pelos
jovens Oblatos escolásticos com a participação
dos leigos(as).
Dois momentos emocionantes da Missa foi a entrega da
CRUZ Salesiana, aos novos 5 Oblatos, por 5 casais da
comunidade e a entrada de Maria, a Mãe de Jesus,
por um grupo de jovens da comunidade da Matriz. |
|
|
Logo após a Missa, o povo se dirigiu para o salão
paroquial onde foi servido um almoço para mais
de 300 pessoas. E num clima familiar e fraterno os novos
Oblatos se sentiram acolhidos e apoiados em sua caminhada
vocacional. Atualmente estes 5 novos Oblatos haitianos
estão morando na casa de formação
do escolasticado, em Viamão, e começaram
o curso de Teologia na ESTEF. |
64
- Saudação da CNBB ao novo Papa
|
'Bendito
o que vem em nome do Senhor!' (Sl 118,26)
Tomada pela alegria e espírito de comunhão
com a Igreja presente em todo o mundo, a Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB eleva a Deus
sua prece de louvor e gratidão pela eleição
do novo Sucessor de Pedro, Sua Santidade Francisco
I.
|
O
tempo e as circunstâncias que antecederam a
eleição de Francisco I ajudaram a Igreja
a viver intensamente a espiritualidade quaresmal,
rumo à vitória de Cristo celebrada na
Páscoa que se aproxima. O momento é
de agradecer a bondade de Deus pela bênção
de um novo Papa que vem para guiar os fieis católicos
na santidade, ensiná-los no amor e servi-los
na humildade.
A eleição de Francisco I revigora a
Igreja na sua missão de 'fazer discípulos
entre todas as nações', conforme o mandato
de Jesus (cf. Mt 28,16). Ao dizer 'Sim' a este sublime
e exigente serviço, Sua Santidade se coloca
como Pedro diante de Cristo, confirmando-Lhe seu amor
incondicional para, em resposta, ouvir: 'Cuida das
minhas ovelhas' (cf. Jo 21,17).
Nascido no Continente da Esperança, Sua Santidade
traz para o Ministério Petrino a experiência
evangelizadora da Igreja latino-americana e caribenha.
A expectativa com que o mundo acompanhou a escolha
do Sucessor de Pedro revela o quanto a Igreja pode
colaborar com as Nações na construção
da paz, da justiça, da igualdade e da solidariedade.
Ao novo Papa não faltará a assistência
e a força do Espírito Santo para cumprir
esta missão e aprofundar na Igreja o dom do
diálogo, em uma sociedade marcada pela pluralidade
e pela diversidade, e o compromisso com a vida de
todos, a partir dos mais pobres, como nos ensina Jesus
Cristo.
Ao saudá-lo no amor de Cristo que nos une e
na missão da Igreja que nos irmana, asseguramos-lhe
a obediência, o respeito e as orações
das comunidades da Igreja no Brasil, para que seja
frutuoso o seu Ministério Petrino.
Com toda Igreja, confiamos sua vida e seu pontificado
à proteção da Virgem Maria, mãe
de Deus e mãe da Igreja.
Bem-vindo Francisco I! A Igreja
no Brasil o abraça com amor!"
|
Dom
Belisário José da Silva Dom Leonardo Ulrich
Steiner
Arcebispo de São Luis Bispo Auxiliar de Brasília
Vice Presidente da CNBB Secretário Geral da CNBB
|
63
- Bento XVI anuncia demissão
|
Caríssimos
Irmãos,
Convoquei-vos para este Consistório não
só por causa das três canonizações,
mas também para vos comunicar uma decisão
de grande importância para a vida da Igreja.
Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência
diante de Deus, cheguei à certeza de que as
minhas forças, devido à idade avançada,
já não são idóneas para
exercer adequadamente o ministério petrino.
Estou bem consciente de que este ministério,
pela sua essência espiritual, deve ser cumprido
não só com as obras e com as palavras,
mas também e igualmente sofrendo e rezando.
|
Todavia,
no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças
e agitado por questões de grande relevância
para a vida da fé, para governar a barca de
São Pedro e anunciar o Evangelho, é
necessário também o vigor quer do corpo
quer do espírito; vigor este, que, nos últimos
meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho
de reconhecer a minha incapacidade para administrar
bem o ministério que me foi confiado. Por isso,
bem consciente da gravidade deste acto, com plena
liberdade, declaro que renuncio ao ministério
de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que
me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19
de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro
de 2013, às 20,00 horas, a sede de Roma, a
sede de São Pedro, ficará vacante e
deverá ser convocado, por aqueles a quem tal
compete, o Conclave para a eleição do
novo Sumo Pontífice.
|
|
Caríssimos
Irmãos, verdadeiramente de coração
vos agradeço por todo o amor e a fadiga com
que carregastes comigo o peso do meu ministério,
e peço perdão por todos os meus defeitos.
Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude
do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo,
e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima,
que assista, com a sua bondade materna, os Padres
Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice.
Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro,
quero servir de todo o coração, com
uma vida consagrada à oração,
a Santa Igreja de Deus.
|
Vaticano,
10 de Fevereiro de 2013.
BENEDICTUS PP XVI
|
62
- JUDE E MOÏSE, Oblatos para sempre
|
No
dia 29 de dezembro de 2012, às 9:00h, na Capela
do Instituto São Luiz Gonzaga, Porto Príncipe,
Haiti, os Oblatos Jude Jean-Louis e Moïse Jean,
professaram seus Votos Evangélicos de Pobreza
, Obediência e Castidade para sempre em nossa
Congregação. O nosso Provincial, Pe.
Alberto Benavides, em nome da Congregação,
foi testemunha da entrega ao Reino destes dois jovens
Oblatos.
Após a Celebração Eucarística
os convidados festejaram com os novos Professos, suas
famílias, amigos e demais Oblatos presentes.
Moïse e Jude já estão de volta
ao Brasil, onde neste ano de 2013 farão o último
ano de Teologia. Esperamos que esta caminhada os leve
em breve ao Diaconato e Sacerdócio. Segue algumas
fotos deste dia marcante na vida destes dois Oblatos.
|
|
61
- Profissão Perpétua de Nildo Moura de
Melo, OSFS
|
No
dia 15 de dezembro, em Campina da Lagoa-PR, nosso
irmão, Nildo Moura de Melo, realizou sua Profissão
Religiosa Perpétua em nossa Congregação,
consagrando pelos votos de Pobreza, Castidade e Obediência
sua vida a Cristo e ao Reino de Deus. A celebração
foi presidida pelo Superior Geral, Padre Aldino Kiesel,
que destacou a necessidade de um seguimento radical
à pessoa de Cristo, fazendo tudo por amor e
nada à força e o fato deste ser o primeiro
Oblato paranaense a professar perpetuamente na Congregação.
|
|
No
domingo, dia 16, houve uma celebração na
comunidade de origem do professo, seguido de um almoço
festivo.
Muitas pessoas amigas estiveram presentes, tanto do Paraná,
como do Rio Grande do Sul. |
|
Também
os Oblatos, religiosas, familiares do Irmão
Nildo e o povo da paróquia Santa Terezinha
de Campina da Lagoa.
Irmão Nildo escolheu como lema uma frase de
São Paulo presente nos Atos dos Apóstolos
20, 24c: “Testemunhar o Evangelho da Graça
de Deus”. Assim, se propôs a ser um imitador
de São Francisco de Sales e continuador de
sua obra como ensinou o Beato Padre Brisson, vivendo
e testemunhando o amor imenso de Deus. Para esta ocasião,
compôs um hino que expressa seus sentimentos
e propósitos ao abraçar perpetuamente
a Vida Religiosa Oblata.
|
Testemunhar
o Evangelho
da graça de Deus
Prisioneiro
do Espírito Santo (At 20,22a),
Encontrei a liberdade sem fim (Cf. 2 Cor 3,17).
Já não sou eu quem vive,
É Cristo que vive em mim! (Gl 2,20).
Nada mais pode me impedir (Cf. Eclo 39,18),
Abracei e jamais largarei (Ct 3,4).
Testemunhar
o Evangelho da graça de Deus (At 20,24b).
Testemunhar!
Testemunhar que Deus é amor (Cf. 1Jo 4,8).
Toda
minha vida é de Cristo (Cf. Fl 1,21),
Não me importa o que virá (Cf. At 20,22b).
Dou-lhe o meu sim com alegria (Cf. 2 Cor 9,7)
Sua luz comigo estará (Cf. Jo 12,36).
E se amanhã vier a cruz, (Cf. Lc 9,23)
A levarei como fez Jesus (Cf. 1Pe 4,16).
Tudo
por amor e nada à força,
Ternura, firmeza e mansidão (SFS).
Ouço São Francisco de Sales
E o fundador Padre Brisson.
É este o meu único desejo
Fazer da vida uma oblação (Cf. Jo 3,16).
Não
sou religioso pra mim mesmo
Mas para a Igreja é que devo ser (Pe. Brisson).
Por isto onde Deus me plantar
Peço a graça de bem florescer (SFS).
Jesus andando sobre a terra
No Oblato possa se ver. (Boa Madre).
|
|
60
- Consagração Perpétua e
Diaconato de Honoré Eugur
|
Os
dias 08 e 09 de dezembro ficarão bem marcados
na vida do Oblato Honoré Eugur. Mesmo longe
de sua pátria (Haiti) este nosso irmão
sentiu fortemente o valor da vida comunitária
e a força que vem da fé no Deus da Vida
e de seu Filho Libertador Jesus Cristo.
|
|
 |
Nas
terras centenárias da Palmeira das Missões,
mais precisamente na Comunidade São Francisco
de Sales e da Igreja Matriz Santa Antonio, ele Professou
seus Votos Perpétuos em nossa Congregação
e, no dia seguinte, foi Ordenado Diácono pelo
Bispo Dom Antonio Carlos Keller da Diocese de Frederico
Westphalen. Seus coirmãos Oblatos, seus amigos
da Pastoral da Criança e tantos paroquianos presentes
desejam uma caminhada longa e marcada pelo serviço
gratuito em favor do povo de Deus, especialmente aos
pobres e empobrecidos. |
|