Imagens em Vida
78 - Papa Francisco envia mensagem ao
13º Intereclesial das CEBs,
que acontece em Juazeiro (CE)
Pela primeira vez em sua história, um Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) recebe uma mensagem de um papa. No dia 17 de dezembro, o papa Francisco enviou uma carta aos participantes do 13º Intereclesial das CEBs, que tem início hoje à noite, em Juazeiro do Norte, diocese de Crato (CE), e prosseguirá até o dia 11 de janeiro.
O encontro, que deve reunir cerca de quatro mil pessoas de todo o Brasil e de outros países, aborda o tema “Justiça e Profecia a serviço da vida” e o lema “CEBs: romeiros do Reino no campo e na cidade”.
Na mensagem, o papa afirma que as CEBs “trazem um novo ardor evangelizador e uma capacidade de diálogo com o mundo que renovam a Igreja” e assegura suas orações para que o Intereclesial seja um encontro abençoado.
Sobre o lema do evento, o papa disse que deve ser como uma chamada para que as CEBS assumam cada vez mais seu papel na missão evangelizadora da Igreja. “Todos devemos ser romeiros, no campo e na cidade, levando a alegria do Evangelho a cada homem e a cada mulher”, acrescenta Francisco.
O Intereclesial é um momento de encontro das comunidades. É um espaço para troca de experiências, celebrações e avaliação da caminhada da CEBs no Brasil.

Mensagem do Papa Francisco ao
13º Intereclesial das CEBs
Queridos irmãos e irmãs,
É com muita alegria que dirijo esta mensagem a todos os participantes no 13º Encontro Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base, que tem lugar entre os dias 7 e 11 de janeiro de 2014, na cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará, sob o tema “Justiça e Profecia a Serviço da Vida”.
Primeiramente, quero lhes assegurar as minhas orações para que este Encontro seja abençoado pelo nosso Pai dos Céus, com as luzes do Espírito Santo que lhes ajudem a viver com renovado ardor os compromissos do Evangelho de Jesus no seio da sociedade brasileira. De fato, o lema deste encontro “CEBs, Romeiras do Reino, no Campo e na Cidade” deve soar como uma chamada para que estas assumam sempre mais o seu importantíssimo papel na missão Evangelizadora da Igreja.
Como lembrava o Documento de Aparecida, as CEBs são um instrumento que permite ao povo “chegar a um conhecimento maior da Palavra de Deus, ao compromisso social em nome do Evangelho, ao surgimento de novos serviços leigos e à educação da fé dos adultos” (n.178). E recentemente, dirigindo-me a toda a Igreja, escrevia que as Comunidades de Base “trazem um novo ardor evangelizador e uma capacidade de diálogo com o mundo que renovam a Igreja”, mas, para isso é preciso que elas “não percam o contato com esta realidade muito rica da paróquia local e que se integrem de bom grado na pastoral orgânica da Igreja particular” (Exort. Ap. Evangelii gaudium, 29).
Queridos amigos, a evangelização é um dever de toda a Igreja, de todo o povo de Deus: todos devemos ser romeiros, no campo e na cidade, levando a alegria do Evangelho a cada homem e a cada mulher. Desejo do fundo do meu coração que as palavras de São Paulo: “Ai de mim se eu não pregar o Evangelho” (I Co 9,16) possam ecoar no coração de cada um de vocês!
Por isso, confiando os trabalhos e os participantes do 13º Encontro Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base à proteção de Nossa Senhora Aparecida, convido a todos a vivê-lo como um encontro de fé e de missão, de discípulos missionários que caminham com Jesus, anunciando e testemunhando com os pobres a profecia dos “novos céus e da nova terra”, ao conceder-lhes a minha Bênção Apostólica.
Vaticano, 17 de dezembro de 2013.

77 - Oblatos em Missão em Porto Velho (RO)
Jesus Cristo iniciou a sua missão e a sua vida humana em Belém. Nós (diác. Jude, Pe. Roque e Diác. Moïse) iniciamos ano 2014 fazendo uma experiência missionária nos municípios Monte Negro e Campo Novo (RO). Esta bela experiência, que nós começamos desde a nossa chegada dia 26 de dezembro em Porto Velho (RO), terminará dia 29 de janeiro 2014.
Pedimos as orações de vocês, amigos e amigas, para que esta missão, que nós enche de alegria, seja uma fonte de alegria para nós e para todos os paroquianos da Paróquia São José de Monte Negro (RO) onde somos acolhidos na fé.
DEUS ABENÇOE CADA UM DE VOCÊS!
Moïse, Jude, Roque
DSB!

 

76 - A Congregação acolhe 7 noviços
No dia 08 de dezembro, as 8h30min, na Igreja Matriz de Jaboticaba, foi celebrada a Missa de Ingresso no Noviciado de 7 jovens; 6 deles são Haitianos(Abela MAKINGDY, Fritz ANACRÉON, Jean-Junot CHERIME, Misler VERMINAL, René GUERRIE e Ronald PONTIER) e 1 é Ecuatoriano (Welington SÁNCHES). A Missa foi presidida pelo Vice Provincial Pe. Leoclides Dalla Nora, osfs e concelebrada pelo Pe. Ary Hartmann, osfs e Pe. Carlos Borba, osfs.
Também estavam presentes alguns escolásticos, o Diácono Jude Jean, osfs e o Ir. Diego Bravo, osfs.
A acolhida da comunidade de Jaboticaba aos novos noviços ficou simbolizada pelo grande número de pessoas que se fizeram presentes. Durante a homilia o Pe. Leoclides definiu o noviciado, usando as palavras de Pe. Brisson, como sendo a “casa da vontade de Deus” e o lugar onde “Deus vai moldando o coração...”.
Depois do Rito de Acolhida dos noviços foi então entregue nas mãos de Pe. Carlos Borba, osfs, a responsabilidade de conduzir os noviços no caminho da Vida Consagrada Religiosa e Oblata. Pe. Leoclides também destacou que a missão do mestre dos noviços é um dos serviços de grande responsabilidade na Congregação pois a ele cabe a missão de formar os futuros Oblatos de São Francisco de Sales.
É preciso formar verdadeiros Oblatos e não Oblatos pela metade, afirmou ele.
Ao meio dia aconteceu, na Casa do Noviciado, um almoço de acolhida e confraternização aos noviços, feita pelos Oblatos que se fizeram presentes, vindos de outras comunidades da região e de alguns leigos da Paróquia.
Por fim, a comunidade rezou pelos novos noviços e se comprometeu de continuar rezando durante todo o ano de noviciado. Ao mesmo tempo foi pedido dos noviços que também rezem por todas as famílias e comunidades da Paróquia de Jaboticaba.

 

75 - A conjuntura atual
Osvaldo Coggiola
1. A determinante principal da conjuntura econômica e política brasileira é a crise capitalista mundial. Os índices apresentados pelos diversos governos para justificar uma suposta saída da crise não resistem à análise. O crescimento do PIB nos EUA e na Europa (assim como no Brasil) se situa, para este ano, na casa de 2%, depois de um retrocesso maior nos anos posteriores a 2008. O débito público, incrementado geometricamente em função da injeção de dinheiro público para salvar o capital falido, não está nem um pouco superado, ao contrário: as dívidas, incrementadas, estão situadas na casa dos 220% (Japão) ou dos 150% do PIB, em vários países europeus e nos EUA. Este país foi novamente salvo pelo gongo de entrar em default declarado por um acordo suprapartidário (extra-parlamentar), em que a direita republicana obteve concessões extraordinárias em matéria de corte dos gastos públicos (saúde e educação). Os lucros dos super ricos e os gastos armamentistas foram, ao contrário, mantidos. As contas das grandes instituições financeiras privadas continuam no vermelho, quando levada em conta a carteira dos chamados "créditos podres”. Ou seja, estamos diante de uma recuperação limitada que não resolve os problemas estruturais que precipitaram a economia mundial no limiar do abismo no último quinquênio.

2. Como em toda crise, está acontecendo uma super-monopolização do capital em todas as áreas econômicas: comercial, financeira (com grandes fusões bancárias) e também industrial (com a criação, por exemplo, da maior companhia aérea com a fusão entre American Airlines e US Airways). O grande capital tenta sair da crise provocando uma queda histórica do valor da força de trabalho, com a massiva destruição de direitos, precarização dos empregos, demissão de funcionários públicos e cortes salariais. O desemprego continua enorme, com taxas que beiram 60% da população abaixo dos 25 anos, em vários países europeus (Grécia, Itália, Espanha). Nos países mais atingidos pela crise, as mobilizações de todo tipo continuam presentes, com paralisações, manifestações de rua, ocupações de prédios e locais de trabalho. Na Espanha, o separatismo regional ameaça até a unidade do Estado Espanhol. As manifestações contra os ajustes econômicos e a retirada de direitos trabalhistas e sociais se ampliam, porém sem uma alternativa política de classe.

3. O grande capital internacional pressiona também em favor da abertura da economia chinesa (especialmente seu setor financeiro, estatal), posta diante dos problemas causados pela desaceleração econômica. O governo do PC Chinês realizou novas concessões estratégicas ao setor privado. Na América Latina, Cuba segue um rumo semelhante ao da China, em escala muito menor, e condicionada pelo embargo comercial e o cerco imperialista. No entanto, as possibilidades do grande capital para impor uma saída à crise em seus próprios termos estão condicionadas, de um lado, pelos conflitos internos ao imperialismo, agravados pela revelação da espionagem mundial comandada pela NSA (Agência de Segurança) dos EUA, que afeta inclusive seus mais estreitos aliados políticos. Por outro lado, persiste a resistência e a mobilização de massas, nas mais diversas áreas do planeta. O imperialismo ianque busca, sobretudo, recuperar a iniciativa política no Oriente Médio, chave geopolítica mundial. A crise no Egito, em que uma gigantesca mobilização popular foi politicamente expropriada por um golpe militar, tende a escapar ao controle dos EUA (que cortou sua assistência militar a esse país, só conseguindo que o Egito refizesse um acordo militar com a Rússia, reeditando os antigos acordos com a URSS, dos tempos da guerra fria). Os EUA não conseguiram tampouco impor o retrocesso nuclear desejado ao Irã, contrariando as exigências de Israel, país que avança sobre os territórios e a população palestina de modo tão brutal ao ponto de provocar o distanciamento dos próprios EUA, seu aliado e escudo internacional. A iniciativa de uma intervenção militar imperialista na Síria foi adiada pelas divergências entre os "aliados ocidentais” e dentro da própria administração norte-americana. O declínio da "primavera árabe” não deu lugar a uma nova estabilidade política no Oriente Médio, e menos ainda a uma nova ordem regional nos termos exigidos pelo imperialismo.

4. Na América Latina, as crises políticas crescem em intensidade, e condicionam os processos em curso. No México, o governo de Peña Nieto já enfrenta importantes mobilizações. Na Venezuela, não se encerrou a crise deflagrada pela morte de Hugo Chávez, em um contexto de inflação de 54% anual e desabastecimento provocado pelo capital que lembra aquele que precedeu o golpe chileno de 1973. O "processo de paz” na Colômbia legitima os ataques e a expropriação da população camponesa das últimas décadas, mas abre um espaço para a atuação de um combativo e perseguido movimento sindical. No Chile, o processo eleitoral foi diretamente influído pelas grandes mobilizações estudantis dos últimos anos, ao ponto de alguns de seus dirigentes terem se transformado nos principais cabos eleitorais do país. Num contexto de abstenção próximo de 50%, Michelle Bachelet e sua coalizão, na qual foi reincorporado o PC chileno, fracassou em ser eleita no primeiro turno. Na Argentina, a crise do débito e do déficit externo e a entrega do petróleo provocaram a deterioração do governo de Cristina Kirchner, que passou de um índice de 54% na eleição presidencial para menos de 30% nas recentes eleições legislativas, onde a grande vitoriosa foi a "frente de esquerda dos trabalhadores”, articulação política classista que conquistou uma importante bancada parlamentar, demonstrando que a crise do nacional-populismo não necessariamente beneficia à direita neoliberal, como pretendem fazer crer os agentes da conciliação de classes no movimento operário e popular. Além disso, estes ocultam que o nacionalismo burguês ou pequeno-burguês conclui como correia de transmissão da pressão imperialista, como se evidencia no caso argentino.

5. No Brasil, a explosão social de junho de 2013 não foi um raio em céu de brigadeiro. Desde o início da década de 2010, houve o aumento do número de mobilizações e greves por todo o país. Em 2011, vinte estados brasileiros tiveram greves nas redes de ensino municipais e estaduais. Os levantamentos do DIEESE apontaram que em 2012 se registrou um recorde no número de greves, semelhante aos picos da década de 1980. Em que pesem as violentas ações da polícia e as distorções da imprensa a luta dos trabalhadores da educação ganhou alcance nacional. A violência da ação governamental foi enfrentada por meio da resistência e da solidariedade dos trabalhadores do país. Vale ressaltar a participação ativa do movimento estudantil na intensificação dessas mobilizações. Na educação superior, houve significativo movimento grevista em diversas instituições estaduais de ensino, além da grande greve das universidades federais de 2012, de mais de 100 dias, em que os professores das instituições federais de ensino se enfrentaram com a política do governo federal. As lutas de junho-julho de 2013foram pavimentadas por todas as lutas precedentes contra as políticas governamentais de ataque aos direitos e conquistas trabalhistas, com destaque para as lutas do setor púbico.

6. Com o movimento de luta desenvolvido a partir de meados de 2013, o Brasil voltou ao centro do cenário político latino-americano (e a da atenção pública mundial). As mobilizações entraram em choque com a polícia militar e transformaram o centro das principais cidades em praça de guerra. A reivindicação imediata do movimento foi a revogação do aumento das tarifas de ônibus. O movimento se espalhou rapidamente pelo país enfrentando a polícia e a tropa de choque que reprimiu os manifestantes com cassetetes, bombas de gás lacrimogênio, balas de borracha e a detenção dos ativistas. Durante as primeiras manifestações, Dilma Rousseff ofereceu o apoio da "Força Nacional” a governadores e prefeitos em dificuldades, evidenciando a tendência para a constituição de um Estado policial. Nessa linha, o governo justificou os gastos faraônicos nos megaeventos com o argumento de que o principal saldo da Copa das Confederações, da Copa 2014 e da Olimpíada 2016 será a institucionalização dos "novos esquemas de segurança”. Mas o Brasil se pôs em pé de luta, os jornais do mundo inteiro se fizeram eco. Para a grande imprensa, até 13 de junho tínhamos "vândalos” nas ruas; a partir de 17 de junho, a data da virada, tivemos "manifestantes”. Milhões de pessoas ocuparam as ruas em mais de 600 cidades, sem coordenação prévia. Diante do recuo das autoridades em relação ao "tarifaço” urbano, os comentaristas burgueses de plantão se manifestaram "surpresos” e até "atordoados” com o crescimento, geométrico e nacional, da mobilização. A luta da juventude iniciou uma nova fase política, começada pela rejeição ao aumento das tarifas do transporte urbano, que se transformou numa mobilização de massas contra todo o regime político.

7. Na segunda quinzena de junho, a revolta das ruas ensejou uma agenda muito mais ampla que a inicial: pela defesa da juventude combativa, pelo direito democrático a manifestar na rua, pela defesa do serviço público (educação, saúde, previdência e previsão social), contra o Estado corrupto e repressivo. O governo (PT e "aliados”) ficou em estado catatônico por duas semanas. O aumento das tarifas de transporte foi o estopim de uma situação social degradada (em muitos aspectos, piorada) nos últimos anos. Dez dias depois do início das manifestações, os jornais avaliavam uma média de 230 mil manifestantes em doze capitais. A 20 de junho, os manifestantes já se contavam na casa do "mais de milhão”, com um milhão só no Rio de Janeiro. As cifras dos jornais estavam subestimadas. As redes sociais, apresentadas como fator chave da generalização da mobilização, são certamente um meio para acelerar e ampliar a difusão de ideias e propostas, sob a condição de que elas (as ideias e as propostas) existam previamente. Para proteger a situação de exploração e espoliação da população foi acionado um aparelho policial/militar herdado da ditadura militar, preservado e aperfeiçoado pelos governos civis desde a transição dita democrática. Manifestações como as de junho passado ficam sujeitas à classificação de ato de terrorismo, na definição desse crime proposta na comissão especial do Congresso que prioriza a legislação da segurança em vista dos eventos no Brasil. O enorme aparato repressivo brasileiro incrementou-se e se sofisticou como nunca, em função dos "grandes eventos” (Copa do Mundo e Olimpíadas) pela ação do governo petista.

8. O arsenal "antiterrorista” é a continuidade da política pela qual os governos (tucanos e petistas) fizeram do país uma plataforma privilegiada de valorização fictícia do capital financeiro e industrial, com juros (remuneração do capital financeiro) e isenções fiscais elevados, com privatizações em sequência sem fim; para isso se atacou em regra o patrimônio e o serviço público (transporte, saúde, educação, etc.), em nome da "flexibilidade”, da "eficiência” e de outros fetiches. O resultado foi uma dívida (interna e externa) monstruosa, aumento de tarifas, e até tarifas onde antes não existiam. Encobriu-se tudo com incentivos ao consumo e bolsas focalizadas, com o resultado de um endividamento médio recorde de 44% da renda anual da população, que duplica quando consideradas só as capitais. A miragem de "crescer exportando” do discurso oficial se estrelou em 2012 contra o crescimento zero e queda da renda per capita. A "recuperação” de 2013 foi deflacionada para 2% no PIB, renda per capita negativa, com inflação de mais de 6% e em aceleração, com um saldo comercial pífio depois de alterar a estrutura produtiva do país para transformá-lo em uma plataforma exportadora. Para tapar o buraco: mais privatizações (leilões do petróleo, gestão privada dos hospitais públicos), eventos e megaeventos, com sua sequela de desapropriações e leis antiterroristas. A corrupção e a crise econômica se cruzam no BNDES, o banco estatal cuja carteira de créditos ao setor privado aumentou de R$ 25,7 bilhões em 2001, para R$ 168,4 bilhões em 2010, com uma taxa decrescente do investimento privado. A maioria das empresas beneficiadas pelos créditos oficiais registra prejuízos ou se encontraem falência. Amais importante é a EBX, de Elke Baptista, beneficiária de R$ 10,5 bilhões em créditos do dinheiro público. Quase três quartos do valor total de sua participação direta nas empresas do EBX estavam em nome de fundos localizados fora do país, controlados pelaEBX International S/A, sediada no Panamá. A prática é comum em empresas que buscam driblar a tributação. Em 2012-2013, acotação dos papéis da empresas do "capitalista do Lula e Dilma” caiu 96,5%. Batista foi rebaixado do 7º para o 100º posto entre os bilionários. Seis meses mais tarde foi simplesmente retirado do clube. As empresas do "grupo X” do "empresário nacional”, crescidas à sombra de concessões petroleiras favorecidas pelo governo, foram vendidas a preço de banana ao capital internacional. A degringolada joga luz sobre a crise do capitalismo brasileiro. Para sobreviver, o Estado capitalista brasileiro tem que se transformar cada vez mais em agente da espoliação do país pelo capital financeiro internacional.

9. A luta popular provocou a deterioração política do governo. Em poucas semanas, o índice de aprovação de Dilma Rousseff caiu de quase 70% para 30%. A proposta de Assembléia Constituinte para tratar da reforma política foi rapidamente engavetada. O governo recuou e passou a defender um plebiscito sobre uma proposta de reforma. Na reunião de Dilma com as centrais sindicais, o representante do Conlutas denunciou a proposta de plebiscito como uma manobra de distração. As propostas das centrais sindicais ao governo foram simplesmente ignoradas. A resposta de Dilma Rousseff à "voz das ruas” ficou reduzida a nada. A promessa de consagrar 100% dos royalties do petróleo pré-sal (esses royalties constituem menos de 8% da renda petroleira, aos que se deve ainda aplicar o IR, pois o 92% restante fica nas mãos do capital privado) foi mutilada e postergada pelo Congresso. A "reforma política” foi simplesmente enterrada no Congresso Nacional. As bases institucionais da corrupção política não só estão mantidas, mas aprofundadas. Nem se cogita anular a vergonhosa Lei de Anistia, que declarou impunes para sempre a assassinos, torturadores y corruptos comprovados do regime militar. Para não falar da militarização das policias, que matam impunemente e possuem foro judicial e tribunais próprios. Posto diante de uma luta popular de envergadura, o Estado brasileiro desnudou a sua condição de aparelho classista de repressão dos trabalhadores, a juventude e os pobres.

10. Depois de julho, os movimentos de rua continuam ditando a política do país, apesar do seu retrocesso. As sete centrais sindicais convocaram a uma greve geral em 11 de julho, continuada com uma nova paralisação realizada a 30 de agosto, medidas isoladas, sem continuidade nem conteúdo de classe, buscando salvar a cara dos pelegos da CUT e outros. O movimento popular revigorado não é ainda um movimento de classe. Os movimentos dos sem teto passaram a organizar manifestações e bloqueios de avenidas contra as péssimas condições de moradia, saúde e transporte nos bairros pobres. Ao mesmo tempo, se desenvolveu uma formidável ofensiva repressiva nas favelas e bairros pobres, mediante um gigantesco operativo de militarização para evitar que os setores mais explorados se incorporassem à luta. O assassinato do pedreiro Amarildo de Souza ficou como símbolo da natureza repressiva e criminal do Estado brasileiro. Nessas condições, o governo federal, depois de um novo corte orçamentário (10 bilhões de reais), que se somou aos 28 bilhões já cortados no primeiro semestre de 2013, para alcançar as metas de superávit primário impostas pelo FMI (garantindo o pagamento em dia da dívida pública), liberou seis bilhões de reais em emendas parlamentares com o objetivo de manter o apoio da "base aliada”. O superávit primário de 2013, ainda assim, foi o mais baixo pior desde 2001. À crescente fuga de capitais se somou o déficit comercial, o primeiro em toda a década petista. O boom exportador brasileiropertence cada vez mais ao passado. O capital financeiro continua ganhando, beneficiado pela elevação das taxas de juros: Itaú Unibanco (maior banco privado) lucrou 3,6 bilhões de reais no segundo semestre de 2013, recorde histórico. O país afunda ao compasso do parasitismo capitalista-financeiro.

11. O retrocesso econômico do país aprofunda as perdas dos trabalhadores, acirra as desigualdades sociais e expõe a face coercitiva do Estado na preservação dos interesses da burguesia brasileira associada ao capital financeiro internacional. A elevação dos índices inflacionários deixa os trabalhadores a mercê do mercado financeiro, corroendo suas condições de vida e comprometendo seu futuro. No recente processo de privatização dos recursos naturais do petróleo, continuaram os ataques violentos ao patrimônio público e aos direitos dos trabalhadores, em favor dos interesses do capital. Dessa forma tem ocorrido a privatização da Infraero e dos portos. Contra os indígenas, quilombolas e ribeirinhos, o governo tem se colocado ao lado do agronegócio e dos empresários das hidrelétricas. Forçou a privatização dos hospitais universitários através da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) – empresa pública de direito privado – que retira do Estado a responsabilidade pela assistência à saúde dos trabalhadores, fere a autonomia universitária, compromete o público em favor do privado. A atenção médica universal pelo SUS, conquistada após grandes lutas, se transformou numa casca vazia diante da falta de recursos estatais para a saúde pública, os mesmos recursos que sobram para pagar a dívida com o grande capital privado, alimentar o aparelho repressivo e financiar eventos e obras de infraestrutura que se transformam em enormes negócios do grande capital. Nessa seara está inscrito o projeto governamental do Fundo de Pensão (FUNPRESP), uma operação financeira que captura recursos dos trabalhadores e os converte em capital aplicado em ações de empresas e títulos públicos do Estado, vendendo a esperança ilusória de uma aposentadoria num futuro incerto. Os movimentos sociais e populares continuam a luta contra essas reformas, mas são constantemente criminalizados pelo governo e pelo Poder Judiciário, numa ação articulada com a grande mídia. Tem se assistido a criminalização de lideranças sindicais, indígenas, quilombolas, trabalhadores da educação e discentes. O governo e seus aliados políticos constroem outro instrumento legal, a lei anti-greve, para coibir os movimentos dos trabalhadores, pretendendo criminalizar e judicializar todo movimento de luta dos explorados brasileiros.

12. A entrega ao capital internacional dos recursos nacionais é a outra face dessa política. A Petrobrás – antes conclamada símbolo da soberania nacional – se associou às multinacionais da Holanda, da França e da China para explorar uma riqueza por meio dos trabalhadores brasileiros e entregá-la ao capital. O leilão do Campo de Libra foi vencido pelo lance mínimo (15 bilhões de dólares) por um único consórcio que envolveu Petrobrás, Shell (GB/Hol), Total (Fr) e Cnpc e Cnooc (Chi), para uma reserva estimada em 15 bilhões de barris. Em que pese todo o discurso governamental, a ampliação dos recursos para a educação e a saúde por meio da exploração dos recursos naturais é uma miragem e um estelionato: os minguados royalties do Estado serão depositados num fundo, cujos rendimentos, na melhor das hipóteses, não chegarão a 1% do PIB no ano de2022, auma distância sideral, portanto, da reivindicação de 10% do PIBjápara a educação. A política em favor do grande capital imperialista e da burguesia exportadora se articula com a política repressiva, com assassinatos, por exemplo, de lideranças indígenas no MS por latifundiários amigos do governo, que investiu rios de dinheiro no agronegócio e quase nada em reforma agrária. A Copa do Mundo é responsável por reordenar as cidades em benefício do capital, intensificando a militarização e reativando a Lei de Segurança Nacional, instaurando um estado policial no Brasil.

13. A crise política se aprofundou com a divisão da chamada "base aliada”, pela saída do PSB e a divisão do PDT. A multiplicação de novas alianças políticas opositoras na perspectiva eleitoral de 2014 traduz o aprofundamento da crise de dominação política da burguesia brasileira, confiada na última década a uma aliança das antigas direções sindicais "autênticas”, totalmente burocratizadas e entregues à patronal, com uma tecnocracia oriunda da antiga esquerda reformista, unidas num PT "modernizado” (adaptado por completo à burguesia) e aliado aos históricos parasitas corruptos do orçamento estatal nucleados no PMDB e outros da "base aliada”, que inclui a extrema direita evangélica. Numa campanha eleitoral que se joga em grande parte em função do sucesso (inclusive futebolístico) da Copa 2014, não aparecem alternativas independentes dos trabalhadores. O julgamento do mensalão, que concluiu com a condenação e prisão dealgunsdos responsáveis pelo desvio de recursos públicos para garantir (suborno mediante) a "governabilidade” petista, se insere dentro dessa crise. A condenação e prisão de uma dúzia de bodes expiatórios busca "limpar a cara” da corrupção estatal (que não se limita à corrupção parlamentar) poupando os grandes corruptos históricos e os principais corruptos políticos: Lula, Renan, Collor, Sarney, Jader Barbalho, ou Fernando Henrique pela compra dos votos a favor da sua reeleição ou pelo dinheiro que sumiu da privatização da telefonia, os chefões do PSDB pelo dinheiro e sobre-faturamento das obras do metrô e dos trens, etc. Casos de corrupção que envolvem partidos de oposição burguesa caminham para a prescrição. A condenação dos réus do mensalão não se equivale ao ataque contra a esquerda que luta e vem sendo sistematicamente perseguida, inclusive pelo governo federal encabeçado pelo partido desses réus. A crise do mensalão é a expressão da crise de dominação política da burguesia no interior do PT e do próprio coração do Estado. As tendências para a inflação e a crise financeira, que se manifestam na saída crescente de capitais do Brasil, passaram a ser o principal combustível de um novo turno de mobilizações populares. As provas de fogo não ficaram atrás: são as que vêm pela frente, e nelas está posta a perspectiva de criar uma alternativa política independente dos trabalhadores l.

 

74 - Nossos novos Diáconos
A Igreja e os Oblatos de São Francisco de Sales, no dia 19 de outubro, apresentaram os Oblatos Jude Jean-Louis e Moise Jean, ambos haitianos, para serem Ordenados Diáconos. A celebração contou com a presença de grande número de leigos(as), religiosos e religiosas de diferentes e dos 125 participantes do IIº Fórum da Espiritualidade Salesiana, ocorrido na Paróquia Santa Isabel.
A Celebração foi presidida pelo novo Arcebispo Dom Jaime Spengler da Arquidiose de P. Alegre e concelebrada por outros Oblatos de diferentes comunidades da Província Sul-americana e Caribenha.
A Congregação agradece a presença e apoio que nossos jovens formandos recebem das diferentes comunidades e de tantas pessoas amigas.

73 - IIº Fórum da Espiritualidade Salesiana
“Rostos que trazem mensagens expressas falando de paz!” Com esta frase iniciou-se o 2º Fórum da Espiritualidade Salesiana realizado nos dias 18,19 e 20 de outubro em Santa Isabel-Viamão no RS.
Tratava-se do encontro entre diversas congregações, institutos e grupos de leigos que comungam da espiritualidade do bispo de Genebra, São Francisco de Sales: “Somos Família Salesiana, mulheres e homens bebendo da fonte! Vivendo o amor, pois o Senhor nos chama. Francisco de Sales aponta os horizontes”. Na sexta-feira (18/10) todos os participantes foram acolhidos com um jantar na Paróquia Santa Isabel – Viamão.
Depois às 20h30min, reuniram-se no auditório da escola Santa Isabel Seguiu-se com a mística de introdução e abertura, depois foram acolhidos os diferentes grupos presentes. Seguiu-se com a abertura oficial feita pelo Provincial do Oblatos, Pe. Alberto Benavides e a apresentação dos organizadores: Geremias Zandoná – OSFS, Esaquiel Dosso – OSFS, Paulo Tarcísio Odelli – SDB, Leoclides Dalla Nora – OSFS Nildo Moura de Melo – OSFS.
Depois foram expostas para diálogo as razões do Fórum, a pauta, as expectativas, os interesses, os encaminhamentos e a apresentação dos palestrantes: Pe. Tarcízio Paulo Odelli – SDB, Pe. Leoclides Dalla Nora - OSFS e Ir. Nildo Moura de Melo - OSFS. Encerrou-se com a leitura de um texto de Francisco sobre a perfeição e no qual Francisco descrevia-se.
No Sábado (19) às 8h30 iniciou a segunda sessão com a oração seguida da exposição feita por Pe. Tarcízio Paulo Odelli, SDB: Humanismo e traços Salesianos (as Virtudes).
Na terceira sessão, iniciada às 13h30, Pe. Leoclides Dalla Nora, OSFS apresentou “o Projeto de vida de SFS e o Método Salesiano”.
Às 18h todos os participantes participaram da Missa de ordenação diaconal dos Oblatos Jude Jean Louis e Moïse Jean. Ela foi presidida por Dom Jaime Spengler, novo arcebispo de Porto Alegre. No domingo (20) a última sessão foi iniciada pela oração conduzida pelas Salesianas de Dom Bosco. Depois, Ir. Nildo Moura de Melo - OSFS apresentou a temática “Francisco de Sales, homem de seu tempo: luzes e caminhos para a vida cristã de hoje”.
Às 11h ocorreu a avaliação e os encaminhamentos para o próximo Fórum. Logo após, Pe. Orestes Fistarol (Inspetor Salesiano) presidiu a Missa de encerramento que foi animada pelos Leigos Oblatos de Palmeira das Missões. A última atividade do Fórum foi o almoço festivo de encerramento. O segundo Fórum da Espiritualidade Salesiana foi um momento de graça!
Renovamos nossa fé, nossa compreensão do carisma salesiano e saímos comprometidos com o jeito salesiano de viver. A todos os participantes e colaboradores agradecemos por esta comunhão tão fraterna. Já deixamos nosso convite para o terceiro Fórum (ainda sem data para realizar-se), pois há “diante da gente uma nova história pra se compor e dentro de nós ardendo um grande e forte amor”.

72 - 5 años del Grupo Amigos de SFS
El pasado lunes 9 celebramos los 5 años del Grupo Amigos de SFS. Participamos de la celebración de la Eucaristía con la comunidad parroquial, y luego tuvimos un compartir con los integrantes del grupo.
En la homilía todos pudimos compartir la riqueza que significa formar parte de este grupo, y cómo nos ha ayudado a profundizar nuestro seguimiento de Jesús.
Les mando algunas fotos para que puedan ver.
Les mandamos un saludo y nuestra oración, todos los que formamos parte de esta comunidad.


71 - "Guerra chama guerra! A humanidade grita pela paz" Papa convoca dia de oração e jejum pela Síria
O Papa convidou este domingo os fiéis de todas as Igrejas e religiões, as pessoas que não crêem e todos os homens e mulheres de boa vontade a praticarem o jejum e a oração no dia 7 de setembro, em favor da Síria.
Visivelmente preocupado, Francisco dedicou inteiramente seu encontro de domingo à situação no país médio-oriental, onde a guerra civil já matou mais de 100 mil pessoas em três anos. Foi a primeira vez que o Papa não fez alguma menção à liturgia do dia antes de rezar a oração mariana do Angelus no Vaticano.

 

70 - Oblatos fazem experiência de JMJ 2013 fora do RJ
Muito se fala sobre a Jornada Mundial da Juventude 2013 realizada no Rio de Janeiro de 22 a 28 de julho. Mas ela não aconteceu somente lá. A mensagem de Francisco e o entusiasmo juvenil foram celebrados em vários lugares, por diversos grupos. Também os Oblatos investiram nestas jornadas locais.
Foi o caso de Irmão Nildo Moura de Melo (Viamão) e Pe. Luciano Rossetto (pároco) que estiveram na Paróquia N. Sra. Medianeira. Encontraram-se com jovens de Jaboticaba, Boa Vista das Missões, Lajeado do Bugre e Sagrada Família no RS.
Estes grupos, impelidos pelo calor da Jornada, reuniram-se para sintonizarem-se com a JMJ2013, atendendo ao convite de Cristo “vinde meus amigos”, bem como o envio do Senhor “sejam missionários”. Terça-feira (23/07) houve encontro com os jovens de Boa Vista das Missões. Quarta- feira (24/07) foi a vez de Lajeado do Bugre. Quinta- feira (25/07) o grupo de Sagrada Família veio ao Seminário Oblato em Jaboticaba, e passaram todo o dia na dinâmica do JMJ2013.
Sexta- feira (26/07) o grupo de Jaboticaba teve seu encontro. No sábado (27/07) Lajeado do Bugre novamente se encontrou para encaminhar os projetos do grupo e celebrar a Missa com a comunidade. No domingo (28/07) o grupo de Sagrada Família, juntamente com a comunidade, teve uma partilha e formação com Ir. Nildo. Sempre em sintonia com a transmissão das programações da Jornada e os pronunciamentos do Santo Padre, Papa Francisco, Ir. Nildo e Pe. Luciano buscaram proporcionar um momento de sintonia com a Jornada e aproveitar este momento de graça para toda a Juventude e Igreja no Brasil e no mundo.
Parabéns aos jovens da Paróquia N. Sra. Medianeira por não deixarem passar em branco este acontecimento de suma importância pra a juventude católica! “Cristo bota fé nos jovens!” (Papa Francisco).
Para terminar, uma mensagem que os oblatos enviaram aos jovens: “Nossa amizade com Cristo nos fez tornar-nos amigos. Ele nos levou a nos encontrar. Agora, nós os levamos com Ele, em nosso coração e encontramos vocês no coração Dele. A JMJ não passou em branco porque nossa fé e nossa amizade matizaram os dias com os tons da alegria e da fraternidade. JOVENS de Jaboticaba, Boa Vista das Missões, Lajeado do Bugre e Sagrada Família - RS, VALEU!”

 

69 - Homilia na celebração funeral do
Pe. Miguel Moore, OSFS
Paróquia S. Pio X, Toledo, EUA – 22 de junho de 2013
Pe. Bill Auth, O.S.F.S.
Mais ou menos um ano atrás, o irmão e cunhada do Padre Miguel, Jim e Mary Ann, tiveram que sair por uma semana, e assim eu concordei em voar do México à Florida… Miguel e eu nos havíamos comunicado praticamente todos os dias por Skype, e Miguel sabia que ele tinha câncer no pâncreas em estagio 4... Era apenas uma questão de tempo... Eu não sabia o que esperar... Cheguei num momento crítico, difícil da luta do Miguel contra o câncer. Ele tinha muita dor e não estava certo se uma operação nos pulmões, a qual ele havia sido submetido, teria êxito ou não... Graças a Deus, a cirurgia foi exitosa... Ele viveu outro ano e meio.
Depois de estar lá três ou quatro dias, Miguel me fez sentar e disse: “Agora eu quero ficar sério… Eu quero que você faça a pregação no meu funeral”. “Miguel”, eu respondi, “você tem certeza?” A última vez que eu preguei com muitos Oblatos presentes, havia um problema – alguns deles saíram... Alguns escreveram ao Provincial e acho que até Aldino recebeu uma palavra que “Auth” disse algo que ele não deveria ter dito. “Você tem certeza, Miguel?”, eu perguntei de novo. Miguel sorriu para mim e disse: “Você vai pregar”.
Então ele me mostrou as leituras que ele havia escolhido, o evangelho que há pouco proclamamos (Lc 1,26-39). Eu o li diversas vezes... “Miguel”, eu disse, “por que você escolheu este evangelho? É tudo sobre Maria. O que devo dizer? È funeral de você!” “Leia-o de novo”, ele disse… E eu o fiz, e então eu soube por que ele o havia escolhido.
Maria, simples, humilde Maria, havia dito “SIM” a Deus… e então quase imediatamente ela visitou sua prima Isabel… Essa é a mensagem que Miguel quer nos dar… Isso foi o que Miguel tem feito… Isso é o que todos nós precisamos fazer… Essa foi à mensagem da vida de Miguel… Dizer SIM e então logo fazer algo prontamente para os pobres. Essa deve ser também nossa mensagem...
Miguel disse SIM… Eu vou ser um cristão… SIM, eu vou entrar nos Oblatos… SIM, eu vou ser um padre… SIM, eu vou ir a Duffy (escola em Niágara Falls)… SIM, eu vou ir ao Brasil, e então SIM, eu vou ir à Índia para ajudar os Oblatos a estabelecer lá uma fundação… E então SIM, eu vou cuidar de minha mana Mary, quando ele teve câncer… e então SIM, de volta ao Brasil… (Se você já viajou por aquela estrada de Salvador à Saúde… Aquilo não era um SIM fácil. Eu disse: nunca mais!), e Miguel fez isso centenas de vezes... E então SIM, eu vou ser provincial... E então SIM, eu vou ajudar a Província Sulamericana para incluir mais seus membros equatorianos e colombianos, e então SIM... Nós vamos aceitar os haitianos... E então SIM para deixar tudo aquilo e aceitar o câncer. E, finalmente, apenas alguns dias atrás, SIM, à morte.
O SIM de Maria que proclamamos no Evangelho incluiu todo tipo de lutas e dúvidas e dificuldades… Mas ele completou sua obra… Ele o conseguiu…
Miguel odiava conflito… Ele fez de tudo para evitá-lo... Ele sempre tentou fazer com que cada um se sentisse confortável… Como mesmo nós nos tornamos os melhores amigos, eu jamais saberei…
Eu me lembro que nós éramos padres jovens na escola “North Catholic”... Nós tínhamos que substituir padres mais velhos que estavam doentes, ou jogando golfo para não sei o que... Nós tínhamos que fazer isso talvez uma vez por dia... Miguel tinha que fazer isso três ou quatro vezes... Ele mantinha todos os bilhetes de modo visível sobre sua escrivaninha, de modo que cada um pudesse vê-los, mas ele nunca disse uma palavra... Ele odiava conflito. Quando nós fomos à escola Duffy, ele acabou entrando no conflito... A direção, o bispo, as famílias, os professores... Todos eles queriam algo diferente... Ele encorajou a inclusão do Haiti na Província e então veio o furacão... Quando ele retornou à Saúde depois de seu tempo como Provincial, o bispo, sem nenhum motivo, não lhe deu mais faculdades de pároco. “Deus”, ele costumava dizer, sempre de novo... “DEUS...DEUS...DEUS, não o que eu quero, mas Tua vontade”. SIM. Miguel continuou aquela caminhada para ajudar outros, não importava o que acontecia...
Eu estava com Miguel alguns dias atrás, quando ele recebeu a notícia da morte do Padre Tom Moore. Um dia antes ele havia piorado, e ele sabia que o seu tempo estava terminando... (olhando para o anel preto, anel de tucum) No dia em que me despedi nenhum de nós era capaz de falar... Miguel queria acompanhar-nos ao aeroporto, mas ele sabia que não podia. Jimmy (irmão do P. Miguel), com o bom conselho de sua esposa Mary Ann, decidiu parar num restaurante, perto do aeroporto... Ele colocou a mão no seu bolso e deu-me este anel. “Miguel quer que você tenha isso” (deu-me o anel).
Deixa-me concluir falando a vocês sobre este anel. Este é o anel que pessoas de toda América Latina usam quando eles se dedicam aos pobres. Miguel usou este anel por 40 anos. Não é somente um sinal de sua dedicação, mas é um testemunho de sua vida.
Eu não sei o que vou fazer agora que ele está morto… Vou sentir a falta do Miguel de modo inacreditável. Eu sei que vou usar este anel. Mas eu sei que simplesmente usando-o não é suficiente... Devo fazer o que ele fez para ajudar os pobres… e nunca, nunca esquecer os necessitados, onde quer que eles estejam em nosso mundo…
Nosso bom Bispo de Roma… Francisco… disse, no início de seu serviço à Igreja que nós devemos ser uma Igreja dos pobres. Francisco lembrou a todos nós que, a não ser que nós estejamos preocupados com os pobres, nós não somos nem cristãos. Não é suficiente dizer SIM; temos que vive-lo...
Estamos reunidos para esta liturgia porque nós cremos nisso… Cremos que o espírito de Miguel continua conosco... Seu espírito jamais vai morrer. Miguel completou seu SIM; agora chegou a nossa vez!
68 - Padre HONORÉ EUGUR, osfs, celebra sua
1ª Missa em sua terra Natal
Foi no dia 02 de junho de 2013, às 6:30hs da manhã, na cidade de Port de Paix – Haiti. A Igreja Matriz Saint Louis Marie Grignon de Montfort, Paróquia onde o novo padre nasceu e cresceu, estava lotada. A missa foi participativa e bem cantada com a presença de dois corais que o Padre Honoré acompanhou desde sua fundação a 15 anos atrás. Pe. Carlos Borba, osfs, representando o Provincial e a equipe de formação, deixou sua mensagem durante a homilia. A comunidade paroquial como também sua família estava muito feliz em poder acolher pessoas de vários lugares para esta celebração.
Pe. Honoré é o terceiro Oblato de São Francisco de Sales e o segundo sacerdote. A comunidade dos Oblatos no Haiti marcou presença ajudando na liturgia e outros serviços. Os Oblatos agradecem também o esforço do Pároco Pe. Ronald Janit , por deixar as portas abertas para os Oblatos fazerem esta celebração. Continuamos a rezar pela perseverança e fidelidade do nosso novo sacerdote.

 

67 - Benção Padre Honoré!
Na sexta-feira 17 de Maio a vida do jovem oblato haitiano Honoré Eugur, osfs, mudou para sempre. Ele foi Ordenado Sacerdote pelas mãos do Bispo Dom Antonio Carlos Keller da Diocese de Frederico Westphalen.
A celebração aconteceu às 19:00h na Igreja Santa Antonio de Palmeiras das Missões.
Muitos Oblatos estiveram presentes, também muitas religiosas e grande número de leigos e leigas vindos das diferentes comunidades paroquiais.
Também marcoupresença nesta celebração de ordenação um irmão do novo sacerdote Honoré.Já no Domingo dia 19 o Pe. Honoré presidiu sua 1ª Missa na Festa da Comunidade Nossa Senhora de Fátima no Bairro Operário em Palmeiras das Missões.
Desejamos ao Pe. Honoré um Sacerdócio totalmente enraizado no Evangelho e motivado cada dia pela força afetuosa da Espiritualidade Salesiana.
Segue algumas fotos da Ordenação.

 

66 - "Não tenhais medo da bondade e da ternura"
Queridos irmãos e irmãs!
Agradeço ao Senhor por poder celebrar esta Santa Missa de início do ministério petrino na solenidade de São José, esposo da Virgem Maria e patrono da Igreja universal: é uma coincidência densa de significado e é também o onomástico do meu venerado Predecessor: acompanhamo-lo com a oração, cheia de estima e gratidão.
Saúdo, com afecto, os Irmãos Cardeais e Bispos, os sacerdotes, os diáconos, os religiosos e as religiosas e todos os fiéis leigos.
Agradeço, pela sua presença, aos Representantes das outras Igrejas e Comunidades eclesiais, bem como aos representantes da comunidade judaica e de outras comunidades religiosas. Dirijo a minha cordial saudação aos Chefes de Estado e de Governo, às Delegações oficiais de tantos países do mundo e ao Corpo Diplomático.
Ouvimos ler, no Evangelho, que «José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor e recebeu sua esposa» (Mt 1, 24). Nestas palavras, encerra-se já a missão que Deus confia a José: ser custos, guardião. Guardião de quem? De Maria e de Jesus, mas é uma guarda que depois se alarga à Igreja, como sublinhou o Beato João Paulo II: «São José, assim como cuidou com amor de Maria e se dedicou com empenho jubiloso à educação de Jesus Cristo, assim também guarda e protege o seu Corpo místico, a Igreja, da qual a Virgem Santíssima é figura e modelo» (Exort. ap. Redemptoris Custos, 1).Como realiza José esta guarda? Com discrição, com humildade, no silêncio, mas com uma presença constante e uma fidelidade total, mesmo quando não consegue entender.
Desde o casamento com Maria até ao episódio de Jesus, aos doze anos, no templo de Jerusalém, acompanha com solicitude e amor cada momento. Permanece ao lado de Maria, sua esposa, tanto nos momentos serenos como nos momentos difíceis da vida, na ida a Belém para o recenseamento e nas horas ansiosas e felizes do parto; no momento dramático da fuga para o Egipto e na busca preocupada do filho no templo; e depois na vida quotidiana da casa de Nazaré, na carpintaria onde ensinou o ofício a Jesus.
Como vive José a sua vocação de guardião de Maria, de Jesus, da Igreja? Numa constante atenção a Deus, aberto aos seus sinais, disponível mais ao projecto d’Ele que ao seu.
E isto mesmo é o que Deus pede a David, como ouvimos na primeira Leitura: Deus não deseja uma casa construída pelo homem, mas quer a fidelidade à sua Palavra, ao seu desígnio; e é o próprio Deus que constrói a casa, mas de pedras vivas marcadas pelo seu Espírito. E José é «guardião», porque sabe ouvir a Deus, deixa-se guiar pela sua vontade e, por isso mesmo, se mostra ainda mais sensível com as pessoas que lhe estão confiadas, sabe ler com realismo os acontecimentos, está atento àquilo que o rodeia, e toma as decisões mais sensatas. Nele, queridos amigos, vemos como se responde à vocação de Deus: com disponibilidade e prontidão; mas vemos também qual é o centro da vocação cristã: Cristo. Guardemos Cristo na nossa vida, para guardar os outros, para guardar a criação!
Entretanto a vocação de guardião não diz respeito apenas a nós, cristãos, mas tem uma dimensão antecedente, que é simplesmente humana e diz respeito a todos: é a de guardar a criação inteira, a beleza da criação, como se diz no livro de Génesis e nos mostrou São Francisco de Assis: é ter respeito por toda a criatura de Deus e pelo ambiente onde vivemos. É guardar as pessoas, cuidar carinhosamente de todas elas e cada uma, especialmente das crianças, dos idosos, daqueles que são mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do nosso coração. É cuidar uns dos outros na família: os esposos guardam-se reciprocamente, depois, como pais, cuidam dos filhos, e, com o passar do tempo, os próprios filhos tornam-se guardiões dos pais. É viver com sinceridade as amizades, que são um mútuo guardar-se na intimidade, no respeito e no bem. Fundamentalmente tudo está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz respeito a todos. Sede guardiões dos dons de Deus!
E quando o homem falha nesta responsabilidade, quando não cuidamos da criação e dos irmãos, então encontra lugar a destruição e o coração fica ressequido. Infelizmente, em cada época da história, existem «Herodes» que tramam desígnios de morte, destroem e deturpam o rosto do homem e da mulher.
Queria pedir, por favor, a quantos ocupam cargos de responsabilidade em âmbito económico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos «guardiões» da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo! Mas, para «guardar», devemos também cuidar de nós mesmos. Lembremo-nos de que o ódio, a inveja, o orgulho sujam a vida; então guardar quer dizer vigiar sobre os nossos sentimentos, o nosso coração, porque é dele que saem as boas intenções e as más: aquelas que edificam e as que destroem. Não devemos ter medo de bondade, ou mesmo de ternura.A propósito, deixai-me acrescentar mais uma observação: cuidar, guardar requer bondade, requer ser praticado com ternura. Nos Evangelhos, São José aparece como um homem forte, corajoso, trabalhador, mas, no seu íntimo, sobressai uma grande ternura, que não é a virtude dos fracos, antes pelo contrário denota fortaleza de ânimo e capacidade de solicitude, de compaixão, de verdadeira abertura ao outro, de amor. Não devemos ter medo da bondade, da ternura!
Hoje, juntamente com a festa de São José, celebramos o início do ministério do novo Bispo de Roma, Sucessor de Pedro, que inclui também um poder. É certo que Jesus Cristo deu um poder a Pedro, mas de que poder se trata? À tríplice pergunta de Jesus a Pedro sobre o amor, segue-se o tríplice convite: apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas. Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio Papa, para exercer o poder, deve entrar sempre mais naquele serviço que tem o seu vértice luminoso na Cruz; deve olhar para o serviço humilde, concreto, rico de fé, de São José e, como ele, abrir os braços para guardar todo o Povo de Deus e acolher, com afecto e ternura, a humanidade inteira, especialmente os mais pobres, os mais fracos, os mais pequeninos, aqueles que Mateus descreve no Juízo final sobre a caridade: quem tem fome, sede, é estrangeiro, está nu, doente, na prisão (cf. Mt 25, 31-46). Apenas aqueles que servem com amor capaz de proteger.
Na segunda Leitura, São Paulo fala de Abraão, que acreditou «com uma esperança, para além do que se podia esperar» (Rm 4, 18). Com uma esperança, para além do que se podia esperar! Também hoje, perante tantos pedaços de céu cinzento, há necessidade de ver a luz da esperança e de darmos nós mesmos esperança. Guardar a criação, cada homem e cada mulher, com um olhar de ternura e amor, é abrir o horizonte da esperança, é abrir um rasgo de luz no meio de tantas nuvens, é levar o calor da esperança! E, para o crente, para nós cristãos, como Abraão, como São José, a esperança que levamos tem o horizonte de Deus que nos foi aberto em Cristo, está fundada sobre a rocha que é Deus.
Guardar Jesus com Maria, guardar a criação inteira, guardar toda a pessoa, especialmente a mais pobre, guardarmo-nos a nós mesmos: eis um serviço que o Bispo de Roma está chamado a cumprir, mas para o qual todos nós estamos chamados, fazendo resplandecer a estrela da esperança: Guardemos com amor aquilo que Deus nos deu!Peço a intercessão da Virgem Maria, de São José, de São Pedro e São Paulo, de São Francisco, para que o Espírito Santo acompanhe o meu ministério, e, a todos vós, digo: rezai por mim! Amen.
65 - Novos Oblatos - Primeira Profissão Religiosa
Aconteceu no dia 10 de Março, as 8h30min, na Igreja Matriz Nossa Senhora Medianeira de Jaboticaba, RS, a Missa Solene da Primeira Profissão Religiosa de 5 jovens Oblatos haitianos. Foi numa manhã chuvosa, mas com grande participação do povo, que os paroquianos de Jaboticaba rezaram pela fidelidade e perseverança destes jovens. A missa foi presidida pelo Provincial Pe. Alberto Benavides Vergara, osfs e concelebrada por 08 sacerdotes Oblatos. Pe. Alberto destacou, em sua homilia, o missão da vida consagrada hoje num mundo que tende a perder seus referenciais e seus valores.
Também participaram outros religiosos e religiosas (dentre eles estavam os 07 escolásticos de Viamão), também as Consagradas do Instituto Secular São Francisco de Sales do grupo de Palmeira das Missões e um grupo de leigos(as) que vivem a mística salesiana no seu dia a dia. A missa foi dinamizada pelos jovens Oblatos escolásticos com a participação dos leigos(as).
Dois momentos emocionantes da Missa foi a entrega da CRUZ Salesiana, aos novos 5 Oblatos, por 5 casais da comunidade e a entrada de Maria, a Mãe de Jesus, por um grupo de jovens da comunidade da Matriz.

Logo após a Missa, o povo se dirigiu para o salão paroquial onde foi servido um almoço para mais de 300 pessoas. E num clima familiar e fraterno os novos Oblatos se sentiram acolhidos e apoiados em sua caminhada vocacional. Atualmente estes 5 novos Oblatos haitianos estão morando na casa de formação do escolasticado, em Viamão, e começaram o curso de Teologia na ESTEF.



64 - Saudação da CNBB ao novo Papa

'Bendito o que vem em nome do Senhor!' (Sl 118,26)
Tomada pela alegria e espírito de comunhão com a Igreja presente em todo o mundo, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB eleva a Deus sua prece de louvor e gratidão pela eleição do novo Sucessor de Pedro, Sua Santidade Francisco I.

O tempo e as circunstâncias que antecederam a eleição de Francisco I ajudaram a Igreja a viver intensamente a espiritualidade quaresmal, rumo à vitória de Cristo celebrada na Páscoa que se aproxima. O momento é de agradecer a bondade de Deus pela bênção de um novo Papa que vem para guiar os fieis católicos na santidade, ensiná-los no amor e servi-los na humildade.
A eleição de Francisco I revigora a Igreja na sua missão de 'fazer discípulos entre todas as nações', conforme o mandato de Jesus (cf. Mt 28,16). Ao dizer 'Sim' a este sublime e exigente serviço, Sua Santidade se coloca como Pedro diante de Cristo, confirmando-Lhe seu amor incondicional para, em resposta, ouvir: 'Cuida das minhas ovelhas' (cf. Jo 21,17).
Nascido no Continente da Esperança, Sua Santidade traz para o Ministério Petrino a experiência evangelizadora da Igreja latino-americana e caribenha.
A expectativa com que o mundo acompanhou a escolha do Sucessor de Pedro revela o quanto a Igreja pode colaborar com as Nações na construção da paz, da justiça, da igualdade e da solidariedade.
Ao novo Papa não faltará a assistência e a força do Espírito Santo para cumprir esta missão e aprofundar na Igreja o dom do diálogo, em uma sociedade marcada pela pluralidade e pela diversidade, e o compromisso com a vida de todos, a partir dos mais pobres, como nos ensina Jesus Cristo.
Ao saudá-lo no amor de Cristo que nos une e na missão da Igreja que nos irmana, asseguramos-lhe a obediência, o respeito e as orações das comunidades da Igreja no Brasil, para que seja frutuoso o seu Ministério Petrino.
Com toda Igreja, confiamos sua vida e seu pontificado à proteção da Virgem Maria, mãe de Deus e mãe da Igreja.
Bem-vindo Francisco I! A Igreja no Brasil o abraça com amor!"

Dom Belisário José da Silva Dom Leonardo Ulrich Steiner
Arcebispo de São Luis Bispo Auxiliar de Brasília
Vice Presidente da CNBB Secretário Geral da CNBB

63 - Bento XVI anuncia demissão

Caríssimos Irmãos,
Convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idóneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando.

Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste acto, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20,00 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.

Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus.

Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013.
BENEDICTUS PP XVI

62 - JUDE E MOÏSE, Oblatos para sempre

No dia 29 de dezembro de 2012, às 9:00h, na Capela do Instituto São Luiz Gonzaga, Porto Príncipe, Haiti, os Oblatos Jude Jean-Louis e Moïse Jean, professaram seus Votos Evangélicos de Pobreza , Obediência e Castidade para sempre em nossa Congregação. O nosso Provincial, Pe. Alberto Benavides, em nome da Congregação, foi testemunha da entrega ao Reino destes dois jovens Oblatos.
Após a Celebração Eucarística os convidados festejaram com os novos Professos, suas famílias, amigos e demais Oblatos presentes. Moïse e Jude já estão de volta ao Brasil, onde neste ano de 2013 farão o último ano de Teologia. Esperamos que esta caminhada os leve em breve ao Diaconato e Sacerdócio. Segue algumas fotos deste dia marcante na vida destes dois Oblatos.


61 - Profissão Perpétua de Nildo Moura de Melo, OSFS

No dia 15 de dezembro, em Campina da Lagoa-PR, nosso irmão, Nildo Moura de Melo, realizou sua Profissão Religiosa Perpétua em nossa Congregação, consagrando pelos votos de Pobreza, Castidade e Obediência sua vida a Cristo e ao Reino de Deus. A celebração foi presidida pelo Superior Geral, Padre Aldino Kiesel, que destacou a necessidade de um seguimento radical à pessoa de Cristo, fazendo tudo por amor e nada à força e o fato deste ser o primeiro Oblato paranaense a professar perpetuamente na Congregação.

No domingo, dia 16, houve uma celebração na comunidade de origem do professo, seguido de um almoço festivo.
Muitas pessoas amigas estiveram presentes, tanto do Paraná, como do Rio Grande do Sul.

Também os Oblatos, religiosas, familiares do Irmão Nildo e o povo da paróquia Santa Terezinha de Campina da Lagoa.
Irmão Nildo escolheu como lema uma frase de São Paulo presente nos Atos dos Apóstolos 20, 24c: “Testemunhar o Evangelho da Graça de Deus”. Assim, se propôs a ser um imitador de São Francisco de Sales e continuador de sua obra como ensinou o Beato Padre Brisson, vivendo e testemunhando o amor imenso de Deus. Para esta ocasião, compôs um hino que expressa seus sentimentos e propósitos ao abraçar perpetuamente a Vida Religiosa Oblata.

Testemunhar o Evangelho
da graça de Deus

Prisioneiro do Espírito Santo (At 20,22a),
Encontrei a liberdade sem fim (Cf. 2 Cor 3,17).
Já não sou eu quem vive,
É Cristo que vive em mim! (Gl 2,20).
Nada mais pode me impedir (Cf. Eclo 39,18),
Abracei e jamais largarei (Ct 3,4).

Testemunhar o Evangelho da graça de Deus (At 20,24b).
Testemunhar!
Testemunhar que Deus é amor (Cf. 1Jo 4,8).

Toda minha vida é de Cristo (Cf. Fl 1,21),
Não me importa o que virá (Cf. At 20,22b).
Dou-lhe o meu sim com alegria (Cf. 2 Cor 9,7)
Sua luz comigo estará (Cf. Jo 12,36).
E se amanhã vier a cruz, (Cf. Lc 9,23)
A levarei como fez Jesus (Cf. 1Pe 4,16).

Tudo por amor e nada à força,
Ternura, firmeza e mansidão (SFS).
Ouço São Francisco de Sales
E o fundador Padre Brisson.
É este o meu único desejo
Fazer da vida uma oblação (Cf. Jo 3,16).

Não sou religioso pra mim mesmo
Mas para a Igreja é que devo ser (Pe. Brisson).
Por isto onde Deus me plantar
Peço a graça de bem florescer (SFS).
Jesus andando sobre a terra
No Oblato possa se ver. (Boa Madre).


60 - Consagração Perpétua e
Diaconato de Honoré Eugur

Os dias 08 e 09 de dezembro ficarão bem marcados na vida do Oblato Honoré Eugur. Mesmo longe de sua pátria (Haiti) este nosso irmão sentiu fortemente o valor da vida comunitária e a força que vem da fé no Deus da Vida e de seu Filho Libertador Jesus Cristo.

Nas terras centenárias da Palmeira das Missões, mais precisamente na Comunidade São Francisco de Sales e da Igreja Matriz Santa Antonio, ele Professou seus Votos Perpétuos em nossa Congregação e, no dia seguinte, foi Ordenado Diácono pelo Bispo Dom Antonio Carlos Keller da Diocese de Frederico Westphalen. Seus coirmãos Oblatos, seus amigos da Pastoral da Criança e tantos paroquianos presentes desejam uma caminhada longa e marcada pelo serviço gratuito em favor do povo de Deus, especialmente aos pobres e empobrecidos.