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Projeto Ilhas

Oblatos estabelecem Residência Religiosa junto às Ilhas do Pavão, Marinheiros, Flores, Pintada e Mauá, a construção pastoral de uma Rede de Comunidades Católicas. O projeto inicia com a presença de Padre Rudimar Dal´Asta e Ir. Paulo Cerioli. Conheça melhor esta bonita caminhada.


Na perspectiva dos apelos de uma Nova Evangelização e dos apelos do Papa Francisco de uma Igreja mais presente junto ao povo das periferias, que carece de oportunidades e da Presença de Deus, num contexto Latino Americano de “Opção pelos Pobres”, propomos, alem de estabelecer Residência Religiosa dos Oblatos, iniciar junto as Ilhas do Pavão, Marinheiros, Flores, Pintada e Mauá, a construção pastoral de uma Rede de Comunidades Católicas.
Optamos por Rede de Comunidades, visto que devido a organização social, não suportaria um modelo Paroquial, em função da estrutura necessária e das necessidades daí advindas.
Também porque buscar-se-a tornar o processo de evangelização bastante leve e propenso a integrar o maior numero possível de parceiros no processo, desencadeando assim um processo continuado de pastoral orgânica.

Sabemos que o desafio é grande e que o processo será longo, especialmente porque no momento a desestruturação das comunidades é bastante grande, sem lideranças, com poucas celebrações, organização pastoral e conselhos comunitários não existe. E, também porque não há um trabalho conjunto, em alguns casos, o contrário acontece, as capelas são uma espécie de “propriedade” de pessoas. A proposta é justamente dar novo vigor ao processo pastoral, estabelecendo metas e possibilitando que os cristãos católicos possam novamente se sentir acolhidos no espaço que é deles, inclusive identificando-se com o Evangelho de Jesus.
DESCRIÇÃO E PRESENÇA DE CADA COMUNIDADE CATÓLICA
Comunidade da Ilha do Pavão:

Comunidade pequena, poucos participantes. A capela foi construída com doações, mas constantemente a mesma é depredada, inclusive até as janelas tiveram que ser repostas, pois haviam sido furtadas. Estava morando uma família dentro da capela, hoje não tem mais ninguém. As condições da Capela são precárias, apenas a pastoral da criança ainda persiste com os trabalhos.
Padre Remi que celebrava as Missas na comunidade teve que parar, pois não haviam condições e nem fiéis que participavam das celebrações.
Existe a possibilidade de retomar as celebrações com um pequeno numero de participantes.
A presença de evangélicos é muito forte, porém a maior parte da população não participa de nada.
Por vezes a comunidade reflete sua realidade social na comunidade católica, ou seja, existe um certo desprezo para tudo o que estima a vida....

Comunidades da Ilha Grande dos Marinheiros
Nossa Senhora dos Pobres:

Apenas existe um capitel na beira do rio, não são feitas celebrações e o número de famílias próximo a este local não passa de 15, sendo que algumas não são católicas. Esta na parte do Parque, onde não poderão mais ficar pessoas residindo.

Nossa Senhora das Graças:
Esta construída em um terreno que foi doado ao Centro Social, quando este passou para os Irmãos Maristas. Hoje a capela esta praticamente sem condições de uso, esta quase caindo, as pessoas tem medo de irem lá celebrar, sem falar que quase não existe população no seu entorno e que uma família, que foi convidada pela antiga coordenação, para morar no local, praticamente se adonou da propriedade e que esta também esta em litígio judicial para disputa de posse. Em resumo, esta praticamente abandonada.

Nossa Senhora Aparecida das Águas:
A Capela possui uma história religiosa, produzida, bem interessante, pois uma imagem de Nossa Senhora Aparecida foi encontrada num saquinho, no lixo, despedaçada, então foi colada por uma papeleira e posteriormente foi-lhe dado mais incrementos e posto o nome de Nossa Senhora Aparecida das Águas.
Mesmo sendo uma capela muito bonita e simbólica, a participação nas Celebrações é pequena e a organização está centrada em duas pessoas e não existe coordenação na Capela, ou mesmo pessoas que participam sistematicamente, a cada celebração, novos rostos...

Existe a possibilidade desta capela ser removida do local, pois segundo consta em estudos apresentados pelo Governo, ela esta no trajeto da nova ponte.
Todos os anos acontece a Romaria das Águas, junto a esta capela. Romaria esta que tem cunho Inter-religioso, com participação massiva de umbandistas.

Nossa Senhora da Conceição:
Com espaço físico bastante bom, porém a participação é pequena, foi uma das comunidades que já teve destaque, porém atualmente não tem mais nem celebrações. Ela esta localizada na “divisa” entre a comunidade pobre e as mansões que estão tomando conta do lado sul da Ilha.

Comunidade da Ilha das Flores:

Nossa Senhora do Menino Jesus:
Comunidade pequena com pouca participação. Há 2 anos que não tem acompanhamento religioso sistemático, há muitos evangélicos entre a população, talvez a maioria.
A comunidade possui um salão, que serve para a comunidade e também às vezes alugado pra arrecadar fundos para manter o local.
A capela possui um terreno bem amplo, porém com risco de ser invadido pelo vizinho. É preciso tomar providencias, como o cercamento do terreno e a organização de um Conselho da Comunidade. Estamos em tratativas com o Senac – Comunidade para iniciar, no salão o curso de Jovem Aprendiz, proporcionando caráter social e evangelizador ao local.
Comunidades da Ilha Da Pintada:
Nossa Senhora da Boa Viagem:

Uma comunidade que possui uma boa estrutura, com sua capela e seu salão. Pessoas envolvidas nos trabalhos da coimunidade e que se doam para o serviço pastoral.
No início não foi fácil conquistar as pessoas, com a saída do Padre Fernando, a comunidade entrou em conflito, muita fofoca, muitas brigas, uma grande divisão da comunidade, uns falavam dos outros, me sentia muito mal em estar la na comunidade, que pensei até um certo momento desistir, mas disse comigo mesmo não, a causa do povo e bem maior, e por certo era somente um pequeno grupo que estava fazendo as fofocas.

Não foi fácil terminar com as fofocas, não foi fácil conquistar a confiança de certas pessoas, hoje podemos dizer que ainda há um pequeno ciúmes mas como estava no inicio hoje estamos num paraíso.
Podemos dizer que a comunidade hoje esta mais inserida, mais preocupada com a realidade e pessoas que se colocam a serviço da comunidade, tem coisas ainda a melhorar sem duvida, mas as poucos iremos chegar la.
Hoje esta funcionando a Pastoral do Batismo, Liturgia, Animação, Dizimo e estamos iniciando a catequese, mas e tudo passo por passo.
A comunidade possui um salão, para encontros, formação, e o mesmo também e alugado para ajudar nas despesas da comunidade.


Nossa Senhora dos Navegantes:
Na comunidade a capela utiliza o mesmo espaço do salão, onde são realizadas as Missas e Celebrações. As condições “físicas” do salão estão bastante complicadas e exigem certa reforma. Não existe uma coordenação da comunidade e a presença nas celebrações é quase zero... Faz-se necessário uma reintegração da comunidade, uma nova proposta de evangelização e aproximação com a comunidade. É uma região onde a religião Afro é dominante e também onde existe uma comunidade muito tradicional na questão religiosa, especialmente o que tange a devoção a Navegante.